Após ser solto pela Justiça, padrasto confessa que matou criança de 11 anos no litoral do Paraná, diz polícia


Suspeito, que estava preso em flagrante, foi solto na sexta (28). Confissão aconteceu neste sábado (29), dois dias após corpo de Kameron Odila Gouveia Osolinski ser encontrado. Kameron Odila Gouveia Osolinski tinha 11 anos
Reprodução
Givanildo Rodrigues Maria, de 33 anos, padrasto de Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos, confessou ter matado a criança em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná, de acordo com a Polícia Civil. A confissão foi neste sábado (29), na Delegacia de Paranaguá.
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A confissão ocorreu menos de um dia após o homem, que estava preso em flagrante, ser solto a pedido da Justiça. Segundo a polícia, o homem é suspeito de homicídio e ocultação de cadáver. Leia mais abaixo.
Até a publicação desta reportagem, a polícia não havia informado se o homem voltou a ser preso, nem os detalhes do que ele informou na confissão.
O corpo de Kameron foi encontrado na quinta-feira (27), um dia após ela ser dada como desaparecida pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). Givanildo foi preso no mesmo dia em que o corpo foi encontrado.
De acordo com a família de Kameron, o enterro da criança ocorreu neste sábado (29), em Curitiba.
Soltura
Na sexta-feira (28), um dia após a prisão em flagrante do homem, ele foi solto a pedido da Justiça, que entendeu não existir sinais de que o padrasto, apesar de suspeito, pudesse destruir alguma prova ou fugir da cidade.
Na sexta, quando a soltura de Givanildo foi cumprida, a Justiça também negou um pedido do Ministério Público (MP-PR) para transformar a prisão do suspeito em preventiva.
O g1 tenta localizar a defesa do suspeito.
Inicialmente, suspeito negou o crime
No primeiro interrogatório à Polícia Civil, o padrasto disse ao delegado responsável que não matou a criança. Afirmou, também, que estava “com a consciência tranquila”.
No mesmo interrogatório, o homem também foi questionado sobre ter um comportamento possessivo com a criança, conforme declarações de testemunhas. Ele negou.
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Na sexta, a polícia informou que diligências sobre o caso continuavam sendo realizadas, mas não deu detalhes sobre linha de investigação, nem possíveis motivações para o crime.
O caso
Segundo o Sicride, Kameron desapareceu na região da PR-405, em Ipanema, comunidade rural do município.
O desaparecimento chegou a ser divulgado pela prefeitura. Na ocasião, a administração municipal disse que a menina tinha saído de casa pela última vez para fazer atividades da escola na casa de uma colega.
À PM, a família contou que, ao dar falta da menina, começou a ligar para o celular dela. Familiares disseram à corporação que uma pessoa chegou a atender o telefone da criança e desligou.
As buscas por Kameron contaram com apoio da comunidade, polícia e Defesa Civil.
Cidade em luto
Na noite de quinta (27), o município decretou luto oficial de três dias em razão da morte de Kameron. Segundo a prefeitura, a menina estudava na rede estadual e a mãe dela, Mayra Dorigon Gouveia, é professora da rede municipal.
A prefeitura destacou como “a população guaraqueçabana, autoridades e órgãos competentes uniram forças em prol das buscas e informações pela aluna da rede pública de ensino”.
O município afirma que a morte da estudante chocou a cidade e lembrou do vínculo da comunidade escolas com a menina e com a mãe dela.
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