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Média salarial dos professores ativos da UFSC é de R$ 13,4 mil

Na última terça-feira (7), professores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) se juntaram à greve nacional dos servidores federais da educação em movimento que reivindica reajuste salarial e maior orçamento para a educação.

Em todo o Brasil, docentes e técnicos administrativos paralisaram parcial ou totalmente as atividades acadêmicas em mais de 70 universidades e institutos federais.

Campus da UFSC em Joinville – Foto: UFSC/Divulgação/ND

O Ministério da Educação marcou a segunda rodada da Mesa Setorial Permanente de Negociação para segunda-feira (13). Conforme dados do Portal da Transparência, a remuneração dos docentes federais em Santa Catarina varia de R$ 3.400 a R$ 22,3 mil, dependendo do regime de trabalho, títulos acadêmicos e tempo de carreira.

Em média, a rede pública paga melhor que a particular, mas costuma ter maior carga horária e regime de dedicação exclusiva. O menor salário inicial no Estado para um professor que trabalha 40 horas semanais é o da UFSC, que paga R$ 3.400 para professores auxiliares que só possuem graduação. Se o mesmo profissional trabalhar com dedicação exclusiva, o salário inicial é de R$ 4.800.

Do outro lado da balança, os professores titulares com doutorado ganham R$ 22,3 mil por mês. Conforme o Portal da Transparência, a média salarial dos 2.449 professores ativos da instituição é de R$ 13,4 mil. Já os aposentados recebem valores de R$ 5 mil a 30 mil.

A proposta do governo federal para os servidores da educação, incluindo professores e técnicos, é de zero reajuste neste ano, 9% em 2025 e 3,5% em 2026.

Médias salariais dos docentes federaise da rede privada em Santa Catarina – Foto: Gil Jesus/ND

Reinvindicações dos professores da UFSC

Em nota publicada na Apufsc (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina), professores em greve na UFSC se posicionam contra a decisão do governo, afirmando que a remuneração dos docentes continua defasada em 35%, e pedindo reajuste de até 22% neste ano.

Média salarial dos professores ativos da UFSC é de R$ 13,4 mil – Foto: Henrique Almeia/Agecom

Outras das principais reivindicações dos professores da UFSC são: o cumprimento do Piso Salarial do Magistério (R$ 4.580,57) para professores do ensino superior com carga de 40 horas semanais, e equiparação dos valores dos auxílios alimentação, saúde e creche com os dos servidores dos demais Poderes.

Segundo o presidente da Apufsc-Sindical, José Guadalupe Fletes, outra questão fundamental para a paralisação é o orçamento das universidades, que “está defasado e impacta na manutenção das salas de aula, dos laboratórios, o que impede que os professores possam desenvolver seu trabalho a contento”.

Está marcada para esta sexta-feira (10) uma assembleia na Apufsc para determinar demandas locais a serem encaminhadas à Reitoria. Os TAEs (Técnicos Administrativos em Educação) da instituição também estão em greve após oito anos sem reajuste – de 2015 até o ano passado. Nacionalmente, os TAEs são os servidores federais com menor remuneração. Na UFSC, eles ganham a partir de R$ 2.600.

IFSC

Professores e servidores do ensino técnico do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) também aderiram à greve nacional. Atualmente, as aulas dos campi Araranguá, Criciúma, Florianópolis, Garopaba, Itajaí, São Carlos, São José e Xanxerê estão suspensas.

Média salarial dos professores ativos do IFSC é de R$ 12,2 mil – Foto: Divulgação IFSC/Reprodução/ND

Os professores do IFSC têm a maior média salarial da educação básica, R$ 12,2 mil ao mês, similar à remuneração da UFSC. As principais reivindicações do Sinasefe-SC (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional) são reestruturação das carreiras dos servidores, revogação de normas que prejudicaram a educação federal nos últimos dez anos e recomposição salarial.

Magistério superior privado tem a menor remuneração

Já a remuneração média dos professores nas faculdades privadas é R$ 7.500, de acordo com informações do site de vagas e recrutamento Glassdoor. O Sinepe-SC (Sindicato das Escolas Particulares de Santa Catarina) estabelece que o piso para a educação superior particular é R$ 36,46 por hora-aula, ou seja, um salário mensal mínimo de R$ 6.500 para uma jornada de 40 horas semanais. Já o maior salário encontrado foi o da Univille, instituição privada de Joinville, que paga de R$ 7.000 a 13 mil aos seus professores.

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