Rede Municipal de Saúde registra falta de medicamentos, entre eles está insulina e remédios para dores


De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a situação é nacional e não somente na Capital. Ainda segundo a secretaria, Campo Grande está com mais de 75% dos remédios ofertados pela rede municipal de medicamentos (Remume) em estoque e disponíveis à população. Falta de insulina para tratamento.
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A Rede Municipal de Saúde de Campo Grande está com falta de medicamentos ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a população, desde remédios para dores até Insulina. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a situação é nacional. Outro fator agravante seria à baixa adesão de fornecedores aos processos de licitação, levando em consideração o valor disponibilizado para o pagamento destes medicamentos na tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
“Outro fator que colabora na falta de medicamentos é o reflexo da pandemia, que impactou diretamente no fornecimento de insumos necessários para a fabricação desses”.
A situação preocupa a população, como é o caso do aposentado, Jorge Dalta, que precisa tomar quatro medicamentos diferentes por dia, dois para pressão, um para o estômago e outro para a próstata. Mas conseguir os remédios pelo SUS tem sido uma luta.
“Não têm medicamento no postinho, tentei na farmácia popular, mas como romperam contrato com a farmácia, eles não quiseram me entregar”, conta.
Em um cenário parecido encontra-se o motorista por aplicativo, Mario Marcio Bardim de Souza, de 51 anos. Diabético, Mario conta que nesta semana procurou Unidades de Saúde de Campo Grande para pegar seus remédios, mas foi surpreendido com o aviso de que a Insulina e a Metformina estão em falta.
“Eu fui com a minha receita pegar os remédios que preciso e eles informaram que não tinha e que talvez chegue na próxima semana. Meus medicamentos duram por mais alguns dias e depois terei que comprar, mas fico pensando em quem não tem condições de adquirir de outra forma”.
A secretaria municipal de saúde explicou que Campo Grande está com mais de 75% dos remédios ofertados pela rede municipal de medicamentos (Remume) em estoque e disponíveis à população.
Os que estão em falta todos possuem processo de compra ou aguardando entrega e disse também que a falta de medicamentos é um cenário nacional.
Na última lista atualizada pela secretária na terça-feira (11), os medicamentos em falta são:
Ibuprofeno 600mg cp
Paracetamol 500mg cp
Hidrocortisona 500 inj
Bromoprida gts
Furosemida 40mg cp
Nitrofurantoina 100mg cp
Enalapril10mg cp
Losartana 50mg
Metformina 500mg
Metformina 850mg
Nistatina 25.000ui cr.vag
Metronidazil cr.vag
Insulina nph frasco
Aciclovir 200mg cp
Anlodipino 5mg cp
Cefalexina 500mg cp
Cinarizina 75mg cp
Dexclorfeniramina 2mg cp
Dexametasona 4mg cp
Metoclopramida 10mg cp
Amox+clav 250/62,5mg susp.
Amox 50mg/ml susp.
Cefalexina 50mg/ml susp.
Kcl xpe
Dexametasona colirio
Papaia CReMe
Nota da Sesau na íntegra
Campo Grande está hoje com mais de 75% dos medicamentos ofertados pela Rede Municipal de Medicamentos (Remume) em estoque e disponíveis à população. Daqueles que estão em falta, todos possuem processo de compra, alguns já finalizados, incluindo os medicamentos citados, aguardando apenas a entrega. Como já mencionado em outras oportunidades, a aquisição dos medicamentos ocorre de maneira periódica, sendo cada processo individual. Desta forma, as entregas acontecem de maneira constante e programada.
Cabe esclarecer que a falta de medicamentos é um cenário que se apresenta em todo o território nacional, não sendo exclusivo ao município de Campo Grande. Este fator deve-se à baixa adesão de fornecedores aos processos de licitação, levando-se em consideração o valor disponibilizado para pagamento destes medicamentos na tabela da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), que estabelece limites nos valores dos medicamentos adquiridos pelo SUS. Outro fator que colabora na falta de medicamentos é o reflexo da pandemia, que impactou diretamente no fornecimento de insumos necessários para a fabricação desses.
Dentre algumas alternativas que estão sendo estudadas pela Prefeitura Municipal de Campo Grande para evitar o desabastecimento estão: a adesão a consórcios de medicamentos com outros municípios do estado e participar de atas de compras com cidades de estados vizinhos, como Cuiabá, Rio de Janeiro, Curitiba e São Paulo, para tentar garantir, pelo tamanho dos lotes, que fornecedores se sintam atraídos a participar dos pregões e assim abastecer a todos estes locais, através dessas atas espera-se que pelo menos parte da necessidade do município seja sanada.
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