Mais de R$ 1 milhão: modelo de lancha que atropelou homens em Balneário Camboriú é nacional

De uma empresa totalmente brasileira, com sede em Santa Catarina, o modelo da lancha que colidiu com moradores de Balneário Camboriú, Litoral Norte do estado, deixando um morto e um gravemente ferido, é Schaefer V33.

A embarcação custa no mínimo R$ 1,2 milhões e pode acomodar, segundo informações do estaleiro Schaefer Yachts, 10 pessoas, no máximo.

“A Schaefer V33 é um walk-around de 33 pés, contemporâneo e esportivo, alinhada com o que há de mais moderno nos mercados americano e europeu, e totalmente adaptada para o Brasil. Com opção de motor centro rabeta a diesel, ou uma parelha de motores de popa de 300hp”, diz a descrição oficial do produto.

Conforme o estaleiro, a lancha possui a proa aberta e um espaço amplo na poupa. Ela possui uma cabine que permite 2 pessoas pernoitarem. O comprimento máximo é de 10,33 metros e a boca máxima de 3,35 metros.

Acidente com lancha em Balneário Camboriú

O acidente fatal de lancha que ocorreu na manhã desta quinta-feira (17) na Praia Central de Balneário Camboriú. Uma das vítimas morreu na hora com o impacto da hélice da embarcação, já a outra segue em estado grave no Hospital Municipal Ruth Cardoso.

De acordo com o relato do Corpo de Bombeiros, o acidente aquático ocorreu próximo à Ilha das Cabras. A lancha colidiu em dois nadadores que estavam nas proximidades da ilha.

A vítima fatal ainda não foi identificada. No momento em que as equipes de resgate chegaram com o auxílio de um jet ski, o corpo já estava boiando com o dorso voltado para cima.

Entre as lesões severas, foi constatada uma quase decapitação e múltiplos cortes profundos provocados pelas hélices da embarcação.

Sobrevivente em estado grave

O nadador sobrevivente é um homem de 62 anos, natural de Balneário Camboriú. No momento do resgate, os bombeiros identificaram uma avulsão (fratura por arrancamento ósseo) na perna direita e uma fratura fechada na esquerda.

A vítima foi transportada por moto aquática até a orla da praia, onde foi recebida pela equipe de atendimento avançado do SAMU, que a levou ao Hospital Ruth Cardoso. Neste momento, encontra-se em estado grave.

Capitania dos Portos acionada

A Capitania dos Portos foi acionada e compareceu ao local para iniciar os procedimentos de investigação do ocorrido. O condutor da lancha, de 42 anos, possui habilitação válida e a embarcação estava locada.

Além do condutor, no interior da embarcação encontrava-se uma família de aproximadamente sete pessoas. Segundo a Polícia Militar, foi realizado o teste de alcoolemia no homem, que apresentou resultado negativo.

De acordo com a percepção da equipe de resgate, a embarcação no momento da colisão estaria navegando 200 metros após a linha base (zona de arrebentação). A lancha está isolada, aguardando perícia.

Polícia Civil investiga acidente

Segundo a Polícia Civil, todos os procedimentos realizados no local serão encaminhados para a Delegacia de Polícia de Balneário Camboriú para juntada dos laudos periciais e continuidade das investigações.

Marinha se manifesta sobre o ocorrido

A Marinha do Brasil se manifestou sobre o acidente por uma nota oficial, onde afirma que tomou conhecimento do ocorrido pela manhã e a Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí enviou uma equipe no local para colher informações.

Os tripulantes foram ouvidos para esclarecimento e o condutor passou por um teste de alcoolemia, que deu negativo para a presença de álcool.

“Insta ressaltar que a Inspeção Naval é realizada regularmente no local e consiste, resumidamente, na verificação das documentações dos condutores e das embarcações, bem comoda inspeção de seus equipamentos de segurança e salvatagem, assegurando o cumprimento da legislação pertinente”, diz a nota.

A Marinha também ressaltou que não foram encontrados indícios de poluição hídrica, como vazamento de óleo e nem danos ao ordenamento do espaço aquaviário da região.

Conforme a nota oficial, foi instaurado um Inquérito Administrativo para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades relacionadas ao incidente.

“Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, o inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo, no prazo de até 90 dias, para a devida distribuição, autuação e posterior remessa à Procuradoria Especial da Marinha, que adotará as medidas previstas no Art. 42 da Lei n° 2.180/54”, conclui.