Inflação acumulada no último ano em Florianópolis é a segunda maior do Brasil

A inflação acumulada nos últimos 12 meses em Florianópolis subiu para 5,18%, o segundo maior índice entre as capitais brasileiras. O ICV (Índice de Custo de Vida) da cidade é calculado pela Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina).

A inflação é o aumento dos preços de bens e serviços, o que implica na diminuição do poder de compra da moeda – Foto: José Cruz/Agência Brasil/Arquivo/Reprodução/ND

No mês de setembro, Florianópolis teve alta de 0,40% nos preços de bens e serviços, após registrar 0,32% em agosto. Este mês também supera o índice de setembro do ano passado, que ficou em 0,31%.

O levantamento da Esag (Escola Superior de Administração e Gerência) da Udesc avalia a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários mínimos.

O relatório é divulgado todo mês e os dados atuais foram coletados entre o dia 1º e 30 de setembro. O ICV segue a mesma metodologia usada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para calcular o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

A bandeira tarifária da energia elétrica levou à inflação nos custos de habitação em Florianópolis – Foto: Leo Munhoz/Arquivo ND

Florianópolis, no entanto, não está entre as 16 capitais brasileiras avaliadas pelo IBGE. Por isso a lacuna é preenchida pelas pesquisas da Udesc.

A inflação de produtos e serviços na capital catarinense se deve sobretudo à tarifa da energia elétrica, que teve bandeira vermelha (patamar 2) no mês de setembro.

Isso fez com que os preços relacionados à habitação tivessem o maior crescimento entre os setores analisados (1,24%). A alimentação também teve alta de 0,65% na capital catarinense. As refeições fora de casa subiram 0,57%, mas o que mais encareceu foram os produtos comprados em feiras e supermercados, com 0,71%.

Veja as capitais brasileiras com a maior inflação acumulada nos últimos 12 meses

Florianópolis registrou inflação acumulada de 4,17% em 2024 e 5,18% desde setembro de 2023 – Foto: Daniel Queiroz/ND

Considerando os dados do IPCA de setembro, a inflação acumulada da capital catarinense fica atrás apenas de Belo Horizonte, Minas Gerais. O índice geral do Brasil é de 4,42%. Confira o ranking:

Belo Horizonte (MG): 6,17%
Florianópolis (SC), segundo ICV da Udesc: 5,18%
Goiânia (GO): 5,08%
São Luís (MA): 4,62%
Rio de Janeiro (RJ): 4,6%
São Paulo (SP): 4,59%
Brasília (DF): 4,5%
Campo Grande (MS): 4,45%
Fortaleza (CE): 4,42%
Vitória (ES): 4,23%
Rio Branco (AC): 4,11%
Salvador (BA): 3,95%
Aracaju (SE): 3,75%
Curitiba (PR): 3,52%
Porto Alegre (RS): 3,69%
Belém (PA): 3,6%
Recife (PE): 2,87%

Confira a lista de produtos alimentícios que ficaram mais caros em setembro na capital catarinense

A inflação do café em pó no mês de setembro está relacionada às queimadas, que atingiram lavouras – Foto: Beatriz Rohde/ND

Mamão: 10,5%
Costela suína: 9,1%
Café em pó: 8,15%
Leite condensado: 4,1%
Uva: 3,9%
Feijão preto: 3,67%
Água mineral: 3,33%
Açúcar refinado: 3,21%
Melancia: 3,12%
Óleo de soja: 2,8%
Pão de queijo (padaria): 2,78%
Patinho: 2,28%
Laranja paulista 2,09%

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