Preste atenção nestes 15 vereadores eleitos em SC que podem alçar voo em 2026

Entre os 2.912 vereadores eleitos em Santa Catarina no último domingo, alguns nomes chamaram atenção pelas votações e pelo potencial de alçarem voos maiores daqui dois anos, nas eleições para a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Conheça 15 desses vereadores eleitos, de diversos partidos, que podem despontar na carreira parlamentar. A lista segue a ordem dos maiores colégios eleitorais do Estado.

Wilian Tonezi (PL) foi o vereador mais votado em Joinville e em toda Santa Catarina – Foto: André Kopsch/ND

Wilian Tonezi (PL), de Joinville

Vereador mais votado de Santa Catarina, com 9.323 votos, Wilian Tonezi alcançou uma votação consagradora fazendo o que nenhum candidato a prefeito de Joinville conseguiu: criticando veementemente a gestão do prefeito Adriano Silva (Novo). De mandato renovado, exercerá o papel de líder da oposição e deve ganhar espaço no PL para concorrer a deputado estadual ou federal. O maior empecilho é que o PL já tem dois deputados estaduais em Joinville (Sargento Lima e Maurício Peixer) e um deputado federal (Zé Trovão).

Diego Machado (PSD), de Joinville

Presidente da Câmara dos Vereadores de Joinville, Diego Machado consolidou sua liderança sendo o segundo vereador mais votado em Joinville. Os 8.719 votos fizeram dele também o segundo mais votado no Estado todo. Ex-tucano, foi pinçado pelo PSD estadual para ser a cara nova do partido no maior colégio eleitoral do Estado.

Vanessa da Rosa (PT), de Joinville

Há dois anos, Vanessa da Rosa ficou muito perto de conquistar a cadeira de deputada estadual. Foi vítima da regra que exige 20% do quociente eleitoral para os candidatos na disputa das sobras de vagas. Depois de exercer o mandato como suplente por um mês em 2023, a petista concorreu à Câmara de Joinville e garantiu um mandato com 4.366 votos. É uma das apostas do PT estadual.

Vanessa da Rosa ficou muito perto de se eleger deputada estadual em 2024 e agora terá mandato de vereadora em Joinville – Foto: Vanessa da Rosa/Acervo Pessoal/Reprodução/ND

Manu Vieira (PL), de Florianópolis

Manu Vieira foi reeleita com a segunda maior votação em Florianópolis, 6.727 votos. É praticamente o dobro da votação de 2020, quando foi a quinta mais votada pelo Novo. O perfil ideológico e o apelo junto ao empresariado podem garantir espaço para a candidatura, inclusive fora dos limites da Capital.

Manu Vieira trocou o Novo pelo PL e dobrou votação em Florianópolis – Foto: CMF/Divulgação/ND

Carla Ayres (PT), de Florianópolis

Outra vítima dos 20% de votação mínima em 2022, quando concorreu a deputada federal, Carla Ayres se reelegeu vereadora com quase o triplo dos votos que recebeu nas eleições de 2020 – 5.743. Com o mandato consolidado na Câmara de Vereadores, deve tentar novamente uma vaga em Brasília ou na Alesc.

João Cobalchini (MDB), de Florianópolis

O presidente da Câmara de Florianópolis foi reeleito com tranquilidade para mais um mandato de vereador e, de lambuja, foi o principal responsável pela reconstrução do MDB da Capital, que conquistou três cadeiras. Fez 5.043 votos. É o favorito para permanecer mais dois anos na presidência e alçar voo para a Alesc em 2026 – seguindo os passos do pai, o deputado federal Valdir Cobalchini, que exerceu quatro mandatos no parlamento municipal.

João Cobalchini reconstruiu o MDB de Florianópolis – Foto: Leo Munhoz/ND

Bruno Cunha (Cidadania), de Blumenau

A bordo do pequeno Cidadania, Bruno Cunha fez 5.851 votos e pela segunda eleição consecutiva o vereador mais votado de Blumenau – em 2016, foi o segundo mais votado. Essa sequência de votações faz com que seja nome natural na disputa por uma cadeira na Alesc. O maior entrave talvez seja a questão partidária. Deve ser cortejado para filiação em partidos maiores – a escolha da legenda será vital na estratégia do vereador para alçar voos maiores.

Bruno Cunha foi o vereador mais votado de Blumenau pela segunda vez consecutiva – Foto: Redes Sociais/Reprodução/ND

Jean Volpato (PT), de Blumenau

Nome de confiança de Décio e Ana Paula Lima, Jean Volpato foi eleito vereador em Blumenau com 4.221 votos. Há dois anos, ele tentou uma vaga na Assembleia Legislativa, sem sucesso. Agora com mandato, deve consolidar a dobradinha com a candidatura à reeleição de Ana Paula à Câmara dos Deputados.

Cryslan (Novo), de São José

Eleito vereador em 2020, Cryslan se destacou na Câmara de São José e abriu mão de concorrer a prefeito em nome da consolidação do mandato de olho em projetos futuros. Deu certo. Foi o vereador mais votado na cidade nas eleições deste ano, com 4.999 votos, e passou a ser o principal nome do Novo na Grande Florianópolis.

Cryslan é o vereador mais votado da história de São José e o principal nome do Novo na Grande Florianópolis – Foto: Divulgação/ND

Anna Carolina Martins (PSDB), de Itajaí

A vereadora de Itajaí esteve muito perto de conquistar a cadeira de deputada estadual em 2018, quando ficou com a segunda suplência e chegou a assumir o mandato como suplente. Dois anos antes, também ficou no quase na disputa pela prefeitura de Itajaí – faltaram 789 votos para vencer Volnei Morastoni. O recomeço na Câmara de Vereadores em 2020 foi recompensado na reeleição este ano, sendo a mais votada pelos itajaienses, com 2.904. Com a fragilização do PSDB em Santa Catarina, pode ter que buscar novos ares.

Fernando Cordeiro (PL), de Chapecó

O PL não lançou candidato a prefeito em Chapecó, mas despontou com o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Fernando Cordeiro (PL), sendo reeleito com a maior votação – 3.563 votos. A posição faz com que seu nome entre no radar para 2026 – teve o apoio da deputada federal Caroline de Toni (PL).

Giovana Mondardo (PCdoB), de Criciúma

Em uma cidade marcada pela rejeição à esquerda, Giovana Mondardo conseguiu a proeza de ser a vereadora mais votada, com 3.481 votos. Não é surpresa. Em 2020, em seu primeiro mandato, ela teve a segunda maior votada. Dois anos depois, concorreu a deputada federal e também foi vítima da regra que exige 20% do quociente eleitoral para os candidatos nas sobras de vagas. Com o PCdoB em federação com o PT, deve concorrer a deputada estadual ou federal.

Giovana Mondardo (PCdoB) foi eleita com 3.481 votos – Foto: Giovane Marcelino/Divulgação/ND

Nícola Martins (PL), de Criciúma

Em seu segundo mandato como vereador, o jornalista Nícola Martins consolidou um mandato que aposta na comunicação direta com o eleitor via redes sociais. Eleito pelo PSDB, migrou para disputar a reeleição e foi o segundo mais votado na cidade, com 2.882 votos. Deve exercer o papel de oposição à direita do prefeito eleito Vaguinho Espíndola (PSD). Seu maior entrave para concorrer em 2026 é que o PL já tem um deputado estadual (Jessé Lopes) e dois deputados federais (Júlia Zanatta e Ricardo Guidi).

Rodrigo Livramento (Novo), de Jaraguá do Sul

Mais um nome que optou por consolidar o mandato antes de tentar voos maiores. Rodrigo Livramento foi o segundo mais votado em 2020 e agora alcançou o primeiro lugar entre os vereadores eleitos. Ele dobrou a votação em quatro anos, alcançando 6.079 votos – cerca de 6% dos votos de Jaraguá do Sul.

Jair Renan Bolsonaro (PL), de Balneário Camboriú

O filho 04 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) escolheu Balneário Camboriú para iniciar sua carreira política como vereador. Confirmou a favoritismo para ser o mais votado da cidade, com 3.033 votos. O PL de Balneário Camboriú tem o deputado estadual Carlos Humberto e o prefeito Fabrício de Oliveira, em fim de mandato, como possível nome na disputa de deputado federal. No entanto, o nome Jair e o sobrenome Bolsonaro deve garantir a Renan uma votação estadualizada.

Jair Renan é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro – Foto: Redes Sociais/ Reprodução/ ND

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