Combate à dengue e licitação do transporte coletivo: Adriano Silva (NOVO) elenca prioridades de novo mandato em Joinville


Prefeito reeleito deu entrevista ao Jornal do Almoço nesta segunda-feira (7), um dia após vitória com 78,69% dos votos válidos. Prefeito reeleito de Joinville Adriano Silva (NOVO) fala sobre prioridades para 2º mandato
Prefeito reeleito em Joinville para o período 2025-2028, Adriano Silva (NOVO) foi entrevistado nesta segunda-feira (7) no Jornal do Almoço, da NSC TV. Durante a conversa, elencou as prioridades para o novo mandato, que começa em 1º de janeiro.
O atual gestor, de 46 anos, teve a vitória confirmada em 1º turno no domingo (6), com 244.321 votos (78,69% dos votos válidos). A vice-prefeita eleita é Rejane Gambim, do mesmo partido.
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Adriano Silva (NOVO) é reeleito em Joinville
Veja os vereadores eleitos em Joinville
Adriano Silva, prefeito reeleito de Joinville, em entrevista ao Jornal do Almoço
Reprodução/NSC TV
Veja ponto a ponto da entrevista com Adriano Silva:
Sentimento sobre a vitória
“É um sentimento de muita conquista, de alívio, de satisfação para a gente chegar ao final de um mandato e receber esse resultado nas urnas, que nos surpreendeu positivamente. Nós imaginávamos algo em torno de 70%, mas não em 78%, como ocorreu. Então me sinto muito feliz, muito honrado e com muita responsabilidade de administrar a cidade”.
Apuração
“A primeira eleição foi… imagina, foi uma campanha com pandemia, máscara. A gente é de um partido desconhecido, eu também era desconhecido na cidade. Até matematicamente era quase inviável a gente se tornar e quando a gente foi ao segundo turno, lá na outra eleição, de fato surpreendeu muito, foi muito positivo. E esse resultado desta eleição nos surpreende primeiro pelo número elevado dos votos na gente e também você teve votos em todas as regiões da cidade. Não teve uma região com mais ou com menos. Isso demonstra também que o joinvilense em todas as áreas tem percebido o governo atuante, a gente tentando acertar, a gente tentando entregar o melhor serviço. Eu acho que é isso mais que demonstra, e que a gente sai muito satisfeito, mostrar que está no caminho certo, essa questão de a gente sempre ter defendido pessoas técnicas para administrarem a cidade, isso realmente tem surtido efeito”.
Primeiro escalão do governo
“Sem dúvida nenhuma a gente mantém essa linha das pessoas técnicas nos lugares certos. Melhor currículo no local certo para a gente ter os melhores resultados. Isso acontece naturalmente, não existe aqui uma questão de dizer ‘ah, agora todo mundo sai e remonta todo o time’. Isso seria um erro grave porque o time está ajeitado, o time está entregando, nós temos bons resultados e temos que manter esses resultados. Então é muito importante que mantenha o time e, assim, naturalmente pode ter uma substituição? Pode, por vários motivos, como acontece em qualquer empresa. Mas de uma forma tranquila, transparente, buscando pessoas técnicas e com currículo”.
Composição da Câmara
“Saímos muito satisfeitos, nós conseguimos a reeleição dos três vereadores do Novo, com uma quarta vereadora, Vanessa Falk. Então Alisson, Neto e Érico foram reeleitos e a nossa coligação ‘Unidos por Joinville’ fez 11 vereadores. E outros vereadores que foram eleitos por outros partidos nós já tínhamos excelentes relacionamentos, então eu acredito que a governabilidade será muito boa justamente por nós defendermos os mesmos ideais e mesmos propósitos e valores. Inclusive, hoje [segunda] pela manhã, liguei para os 19 vereadores, conversei com todos eles, mesmo aqueles que se posicionavam anteriormente como oposição, colocando-me à disposição. Eu já tinha feito isso no início do outro governo, sempre dizendo que quando a gente está alinhado e a gente trabalha para melhorar a cidade, não ter que ter lado. O lado é um só, o lado da cidade. E eu sou um prefeito do diálogo, um prefeito que vai sempre buscar o que é melhor para a cidade de Joinville, independentemente de partido, independentemente de quem está vindo representar algum pedido do joinvilense”.
Prioridades para o início do próximo ano
“Nós temos, sem dúvida nenhuma, a principal prioridade é a saúde. Nós temos que continuar lapidando a saúde, buscando uma melhoria constante. Não podemos esquecer que saímos de uma pandemia, dengue. Isso tudo atrapalhou na gestão do dia a dia, então a saúde exige, e vai exigir, um cuidado muito maior da gente. Mas são várias obras acontecendo que a gente tem que dar sequência e o joinvillense também vai perceber que vão começar a aparecer vários projetos que até então não tinham aparecido que estavam no forno, mas que estão próximos a sair. Por exemplo a PPP [parceria público-privada] da iluminação, que vai transformar o sistema de iluminação do serviço público em Joinville. Está para ser licitada agora final de novembro e dezembro na Bolsa de Valores de São Paulo. Leilão a ser feito, que isso vai determinar um novo serviço, uma nova forma de a gente ter iluminação pública na cidade de Joinville”.
Novas pontes
“Estava no plano de governo. É uma dor desses dois bairros, Jardim Paraíso e Espinheiros, porque são dois bairros que crescem, são dois bairros com população grande e que tem um acesso só. O Jardim Paraíso sofre muito diariamente, por mais que a gente tenha já preparado o acesso pelos fundos, que vai acontecer também, mas a ponte nova, que vai fazer esse acesso, com certeza é o que vai aliviar grande parte do trânsito ali. Esse projeto já está em projeto executivo. Os terrenos já foram previamente negociados com a família Rodrigues, que fez a doação dos terrenos para a prefeitura para fazer não só a ponte, mas todo o eixo viário para entrar no Jardim Paraíso. Então esse é uma das nossas metas: finalizar as pontes que estamos construindo e realizar mais essas duas pontes que vai ter uma ajuda local de mobilidade muito importante
Licitação do transporte coletivo
“A licitação do transporte público, a última etapa que falta é a a apresentação ao Tribunal de Contas dos dados e ser aprovado por eles. Na próxima segunda-feira, dia 14, essa agenda já está organizada. Nosso time vai a Florianópolis e vai começar a apresentação. E começa a análise detalhada, porque é um pente-fino, vamos dizer assim, em relação à documentação e tudo mais para depois seguir uma licitação tranquila, sem problemas no edital. Então isso vai dar se dar sequência. Quanto tempo vai ficar no Tribunal de Contas eu não consigo fazer essa previsão, mas é a última etapa que a prefeitura tem que cumprir. Terminando essa etapa, está pronto para licitar”.
Dengue
“Em relação à dengue, nós somos otimistas em relação ao método Wolbachia, mas lembrando também que Niterói, que foi uma das cidades que implementou, eles tiveram grande sucesso após três anos. No terceiro ano, eles tiveram uma redução de 70%. Então o que pode acontecer agora que a gente já vem há dois meses soltando o mosquito, 3 milhões de mosquitos por semana, é a gente pode já identificar um equilíbrio na doença, não um aumento mais de casos. Tem alguns especialistas que acham que pode haver alguma redução porque Niterói começou a distribuição desses mosquitos em apenas uma região, e Joinville nós estamos fazendo em 70 regiões simultâneas. Então pode haver um processo positivo? Pode, mas eu gosto de dizer, Joinville, nós temos que continuar nesse combate conjunto. Nós não paramos em nenhum minuto os mutirões de limpeza, foram mais de 10 mutirões ocorridos este ano e a gente deve permanecer. Todos ajudando no combate à dengue para que a gente possa, lá na frente, vibrar com a redução realmente dos pacientes e mortes em Joinville”.
Organização social (OS) no Hospital São José
“Esse modelo ele está sendo dado sequência. Ele também é um modelo que tem que ser muito bem estruturado, o edital muito bem feito, porque, para você fazer essa transformação, você tem que trazer uma boa organização social, que vai melhorar o serviço. Não podemos correr o risco de fazer um edital errado e, daqui a pouco, você piorar o serviço. Diferente nas eleições, que alguns candidatos falavam na privatização. Na verdade, o Hospital São José continua sendo público, continua pertencendo à Prefeitura de Joinville, porque, na prática, a gente só está transformando a forma de administrá-lo. Uma organização social sai dos meios burocráticos que a gente vive hoje em licitações e tudo mais, que isso atrapalha demais a gestão de um hospital. Você imagina, quebra o equipamento, você tem que licitar e leva meses para você ter um resultado. E assim a gente tem um hospital infantil, por exemplo, que eles têm a gestão da OS e o joinvillense consegue perceber na prática o serviço. E os servidores não perdem nada, eles têm os direitos estatutários deles. Então não existe esse risco. Nós entendemos ainda que a OS é o melhor formato para administração hospitalar pública hoje no Brasil”.
Relação com governo do estado
“Nunca foi ruim. Nunca tivemos qualquer problema pessoal. Eu sempre falo e também foi falsa narrativa aí de outros candidatos que falaram que a gente briga e tudo mais. De forma alguma. O que eu tenho feito é cobrado aquilo que Joinville precisa. Isso eu cobraria e cobro qualquer governador que estivesse lá porque eu sou o prefeito da cidade de Joinville. Então vou continuar cobrando as ajudas ao Hospital São José, nós temos também que rever os números do ensino fundamental em Joinville. Joinville só 13% hoje é feito pelo governo de estado, quando a média no estado é 33% e na capital é 44%. Que que isso impacta isso na cidade? Impacta que a gente tem que ter sempre mais servidores na educação e acaba faltando outros servidores em outras pastas. Então esse equilíbrio do Governo do Estado com Joinville precisa ser feito. Porque Joinville hoje sofre por esse desequilíbrio. Por que foi e o que acontece, eu não sei dizer. E também não ocorreu agora no governador Jorginho. Isso é importante dizer. Eu vejo da parte dele uma vontade de querer resolver e da minha parte também, então a gente vai continuar esse diálogo. Sabemos da minha responsabilidade como prefeito, ele sabe da responsabilidade dele como governador e a gente segue dessa forma, tranquilo, sem qualquer atrito, sem qualquer problema pessoal”.
Candidatura ao governo do estado
“Sendo bem sincero, o meu objetivo é estar à frente da prefeitura os quatro anos. Esse é meu objetivo e por isso que eu torço muito para que o governo do estado esteja presente na cidade, Joinville precisa do Governo do Estado para a gente melhorar. Agora, o futuro a Deus pertence. E eu sempre coloquei nas mãos de Deus o meu caminho. Eu estou aqui servindo. Eu não tenho dúvida que eu virei prefeito porque Ele quis. Jamais teríamos condições de ser prefeito pelo tamanho do partido que nós éramos, pela eleição no meio de uma pandemia, e termos nos tornado prefeito da maior cidade do estado. Então meu objetivo é esse, permanecer na prefeitura. E torcer para que o governo do estado faça um bom governo”.
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