João Bettega, ativista do MBL que relatou ter sido agredido na UFSC, é eleito em Curitiba

João Bettega, ativista do MBL (Movimento Brasil Livre) que afirmou ter sido agredido na UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em um ato do movimento político, elegeu-se nas eleições municipais de 2024. Pelo União Brasil, o candidato conquistou mandato de vereador em Curitiba, no Paraná, com 12.346 votos.

João Bettega, ativista do MBL

João Bettega foi eleito vereador em Curitiba, no Paraná – Foto: Reprodução/ND

Em publicação nas redes sociais após o fim da apuração, João Bettega comemorou a vitória e relembrou o caso na UFSC. “Eu fui espancado e quase morto em uma Universidade Federal por fiscalizar a proliferação do comunismo” diz na postagem.

Na época, contudo, a polícia não chegou a confirmar a versão declarada pelo militante.

Relembre o caso da agressão relatada pelo ativista do MBL na UFSC

Em um vídeo publicado nas redes sociais, João Bettega declarou ter sido agredido na UFSC no dia 11 de agosto de 2023. Segundo ele, cinco homens o “arrebentaram”.

O militante e outros integrantes do MBL disseram que foram ao campus de Florianópolis para uma ação de “fiscalização”, para apagar pichações nas paredes da universidade.

Ativista do MBL alegou ter sofrido “tentativa de homicídio” – Foto: Reprodução/ND

Na publicação, Bettega declara que passou por uma “tentativa de homicídio”. O ativista do MBL alegou que os agressores eram “esquerdistas”.

Ele registrou um Boletim de Ocorrência na 5ª Delegacia de Polícia da Capital dois dias depois, em 13 de agosto. Sua versão não foi confirmada pela polícia.

Segundo o documento, Bettega alega ter sido agredido com “socos e pontapé”, além de agressões com um objeto que aparentava ser uma arma de fogo. O ativista do MBL também declarou à polícia que teve seu celular, microfone e óculos de sol roubados.

UFSC repudiou agressão, mas repreendeu “invasão” do grupo

Na época, a Universidade Federal de Santa Catarina chegou a publicar uma nota sobre o caso, “repudiando qualquer ato de violência em suas dependências, contra qualquer pessoa”. A UFSC colocou à disposição a Secretaria de Segurança Institucional para investigação da agressão relatada.

Entrada da Universidade Federal de Santa Catarina, campus Florianópolis

UFSC repudiou a agressão, mas tratou o ato político como invasão – Foto: Henrique Almeida/UFSC/Divulgação/ND

Ao mesmo tempo, a nota condenou a ação de “grupos organizados” que promovem “invasões a espaços educacionais e atitudes que claramente expressam o desconhecimento da realidade institucional, maculando a imagem da UFSC”.

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