MDB tem pior desempenho da sua história em uma eleição para prefeito em Joinville

O resultados das urnas em Joinville na eleição deste domingo (6) trouxe um dado histórico: o MDB teve o seu pior desempenho em uma eleição para prefeito na cidade em toda sua trajetória. Em 4º lugar na disputa, o partido obteve 1,38% dos votos (4.285).

MDB teve pior desempenho de sua história na cidade

Encontro do MDB em Joinville no mês de junho de 2024 – Foto: Divulgação/ND

A última vez em que a legenda obteve uma votação tão baixa foi em 2008, quando Mauro Mariani alcançou a marca de 12,69% dos votos válidos – ainda assim, desempenho nove vezes melhor que o registrado em 2024.

Para um partido que já governou a cidade em sete mandatos, não deixa de chamar a atenção o fato de que, ainda que com um candidato desconhecido da maioria do eleitorado, o histórico do MDB não tenha sido suficiente para superar os votos brancos e nulos: 7.462 e 9.470, respectivamente, segundo o TSE.

Histórico, aliás, que foi evocado com frequência ao longo de toda a campanha eleitoral, trazendo à lembrança do eleitorado realizações e marcas dos governos MDB nos mandatos de Udo Dohler e Luiz Henrique da Silveira.

Presidente do MDB comenta desepenho do partido

Para Fernando Krelling, presidente municipal do partido, Luiz Claudio Gubert “cumpriu a missão que era [o partido] ter candidato, independente do resultado”. Ainda segundo Krelling, o MDB obteve 40.400 votos (somados votos nominais e na legenda) para vereador.

“Quer dizer que o MDB foi votado para vereador, mas para prefeito as pessoas tinham sua preferência pelo Adriano”. O presidente do partido e deputado estadual ainda ressaltou o fato de que, com quase 80% dos votos para o atual prefeito, sobravam pouco mais de 20% do eleitorado para os demais candidatos. “Onde um deputado com mandato fez 11% e um ex-prefeito, 7%, os votos que poderiam vir ao MDB foram em quase sua maioria para Adriano”.

A eleição de 2024 para o MDB, porém, marcou outro fator histórico: pela primeira vez, a legenda se coligou a um rival de décadas, em uma união que, até poucas semanas antes das convenções, era considerada improvável: o Progressistas de Esperidião Amin. De uma forma ou de outra, o pleito deste ano marcou história para o partido de Luiz Henrique da Silveira.

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