Dólar opera em queda, à espera de novos dados de inflação no Brasil e nos EUA


Na última sexta-feira, a moeda norte-americana caiu 0,33%, cotada a R$ 5,4555. Já o principal índice de ações da bolsa encerrou em alta de 0,09%, aos 131.792 pontos. Cédulas de dólar
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O dólar operava em queda nesta segunda-feira (7), conforme investidores seguiam em compasso de espera por novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, previstos para esta semana.
Os números devem dar novos indícios sobre quais serão os próximos passos dos bancos centrais na condução da política monetária brasileira e norte-americana.
Na semana passada, números do mercado de trabalho reforçaram a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) pode reduzir o ritmo ou a magnitude do seu ciclo de cortes das taxas de juros básicas dos EUA, atualmente no patamar entre 4,75% e 5% ao ano. Entenda mais abaixo.
Além disso, as tensões no Oriente Médio ainda pesam no mercado, conforme continuam os ataques de Israel ao Líbano.
Guerra no Oriente Médio: como a escalada do conflito pode prejudicar a economia do Brasil
Veja abaixo o resumo dos mercados.
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Dólar
Às 9h30, o dólar operava em queda de 0,47%, a R$ 5,4300. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 0,33%, cotado a R$ 5,4555.
Com o resultado, acumulou:
alta de 0,35% na semana;
avanço de 0,16% no mês;
ganho de 12,43% no ano.

O
Ibovespa
As negociações no Ibovespa, por sua vez, só começam às 10h.
Na sexta-feira, o índice encerrou em alta de 0,09%, aos 131.792 pontos.
Com o resultado, acumulou:
queda de 0,71% na semana;
perdas de 0,02% no mês; e
recuo de 1,78% no ano.

O que está mexendo com os mercados
Sem grandes destaques na agenda desta segunda-feira (7), investidores começam a semana à espera dos novos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, previstos para esta semana.
A expectativa é que os indicadores de preços deem novos indícios sobre quais devem ser os próximos passos dos bancos centrais dos dois países na condução da política monetária.
Nos Estados Unidos, dados do mercado de trabalho norte-americano divulgados na última sexta-feira já haviam indicado que o Fed pode reduzir o ritmo ou a magnitude do seu ciclo de corte nas taxas de juros do país.
Isso porque o payroll, que reúne diversos dados de emprego do país, mostrou uma taxa de desemprego de 4,1% em setembro. Esse número representa uma leve melhora em relação ao mês anterior, quando a taxa ficou em 4,2%. O mercado esperava que a taxa se mantivesse nesse patamar.
Já o número de criação de vagas não-agrícolas ficou em 254 mil, muita acima dos 147 mil esperados e dos 159 mil registrados no mês anterior. Esses dados são importantes porque uma geração forte de empregos pode continuar pressionando a inflação no país.
Diante desse cenário, também fica no radar do mercado a ata da última reunião do Fed, que deve ser divulgada na quarta-feira. Em seu último encontro, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) diminuiu a taxa básica norte-americana em 0,50 ponto percentual.
Falar de dirigentes do Fed também ficam sob os holofotes.
Já no Brasil, os dados de inflação também estão entre os mais aguardados da semana. No cenário fiscal, investidores repercutem o lançamento de novas medidas de aumento de arrecadação por parte do governo.
Na semana passada, a balança comercial brasileira reportou um superávit de US$ 5,363 bilhões em setembro. Os dados foram divulgados pelo Ministério do desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
A pasta também reduziu sua projeção para o saldo total no fechamento deste ano, para um superávit de US$ 70,4 bilhões. A previsão anterior era de US$ 79,2 bilhões.
Guerra no Oriente Médio
Outro fator que continuou a pesar nos mercados globais foi a escalada dos conflitos no Oriente Médio. Veja, abaixo, um resumo do que está acontecendo na região:
Depois de quase um ano dos ataques do grupo terrorista Hamas aos israelenses, e de uma guerra que devastou a Palestina, o enfrentamento vinha escalando com a entrada do grupo extremista Hezbollah — que nasceu no Líbano, é financiado pelo Irã e aliado do Hamas.
O avanço nas tensões na região começou há duas semanas, quando pagers e walkie talkies de integrantes do grupo extremista Hezbollah explodiram em série, o que o grupo atribui a Israel.
Nos dias seguintes, Israel passou a atacar regiões do Líbano mirando alvos do Hezbollah e, na última sexta-feira (27), matou o chefe do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah e outros líderes.
Israel, na segunda-feira (30), iniciou uma incursão por terra no Líbano, no que classificaram como uma operação limitada contra alvos do Hezbollah.
No sábado (28), o líder supremo do Irã, que apoia e financia o Hezbollah, disse que a morte de Nasrallah não ficaria “sem vingança”. Depois disso, na terça-feira (1), o Irã disparou centenas de mísseis contra Israel, que prometeu retaliação.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, também disse que vai retaliar o Irã pelo ataque promovido contra o país.
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E na iminência de contra-atacar o Irã, Israel continua bombardeando o Líbano, ainda sob a alegação de desmantelar o Hezbollah. O país lançou nesta quinta-feira (3) novos bombardeios no centro de Beirute, no Líbano, segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters. Explosões também aconteceram nos subúrbios da capital libanesa.
Os ataques deixaram nove pessoas mortas e outras 14 feridas, segundo o governo local — no total, mais de 1.000 pessoas morreram no Líbano em quase duas semanas de bombardeios de Israel.
Essas tensões, que geram preocupação com a escalada do conflito para uma guerra total no Oriente Médio, já fizeram o preço do petróleo disparar.
A região é a mais importante do mundo na exportação da commodity e qualquer conflito lá pode gerar problemas de oferta e desabastecimento para o mundo todo, que tem o petróleo como principal fonte de combustível e energia.
Além disso, os temores também direcionam os investidores para o dólar, considerada a moeda mais segura do mundo, em busca de proteção contra os ativos de risco — como mercado de ações e moedas de países emergentes, como o Brasil —, que tendem a apresentar mais volatilidade, principalmente em momentos de incertezas política e econômica.

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