Equipe defende maior participação de Lula no segundo turno; em BH, vai apoiar Fuad Noman

O presidente Lula vai avaliar hoje com sua equipe o resultado da eleição deste domingo, na qual partidos de Centro, que estão na sua base aliada como PSD e MDB, elegeram o maior número de prefeitos no país.
Assessores defendem que o presidente tenha uma maior participação no segundo turno, diferentemente do que ocorreu na primeira etapa, em que ele esteve praticamente ausente dos debates.
Em São Paulo, o presidente Lula vai estar mais presente na campanha de Guilherme Boulos (Psol), apesar do favoritismo do atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB). O partido de Nunes é da base aliada do petista no Congresso Nacional, mas deve ter no segundo turno o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em Belo Horizonte, Lula vai estar mais livre para apoiar o atual prefeito, Fuad Noman (PSD), que foi para o segundo turno contra o bolsonarista Bruno Engler (PL).
O presidente sempre quis apoiar o candidato do PSD, mas o PT decidiu lançar o deputado federal Rogério Correa, que amargou os últimos lugares no primeiro turno.
Na avaliação do Palácio do Planalto, em São Paulo Ricardo Nunes venceu a direita e a esquerda. Uma vitória do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e uma derrota de Jair Bolsonaro (PL), que agora deve entrar de fato na campanha do atual prefeito.
A equipe de Ricardo Nunes diz que o atual prefeito acabou vencendo a direita, encarnada por Pablo Marçal, e a esquerda, representada por Guilherme Boulos.
Lula não deve entrar, porém, em todas as campanhas de segundo turno. Em algumas capitais, como Curitiba e Campo Grande, os candidatos de Centro foram para o segundo turno, deixando a esquerda de fora da etapa final.
No caso do PT, o partido melhorou seu resultado em relação a 2020, elegendo mais prefeitos agora.
O placar final no número de prefeituras representou a vitória de dois partidos da base aliada. O PSD, de Gilberto Kassab, liderou.
Em seguida, veio o MDB, de Baleia Rossi. Em terceiro lugar, veio o PP, partido que se divide no apoio ao governo. Em quarto, o União Brasil, que integra a base aliada de Lula. O PSB, que teve a importante vitória da reeleição de João Campos em Recife, ficou à frente do PT.

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