Datena atinge apenas 1,84% dos votos e PSDB desaparece em SP, sem eleger nenhum vereador


Tucanos haviam lançado neste ano 49 candidatos a vereador na capital paulista. O mais bem votada da legenda foi Mario Covas Neto, tio do ex-prefeito Bruno Covas e filho do ex-governador Mario Covas Filho. Ele obteve apenas 5.825 votos. O apresentador Datena (PSDB) e o vice, José Aníbal, lamentam resultado das urnas neste domingo (6) em São Paulo.
Divulgação/PSDB
O fracasso da candidatura do apresentador José Luiz Datena (PSDB) em São Paulo gerou o total desaparecimento do partido mais paulistano do Brasil, o PSDB, da Câmara Municipal da cidade.
Com 100% das urnas apuradas na capital paulista, Datena obteve apenas 1,84% dos votos dos votos válidos, totalizando 112.344 votos, número menor do que o vereador mais votado na cidade.
Neste ano, o PSDB havia lançado 49 candidatos a vereador em São Paulo. O candidato mais bem votada do partido foi Mario Covas Neto, tio do ex-prefeito Bruno Covas e filho do ex-governador Mario Covas Filho. Ele obteve apenas 5.825 votos.
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Em 2020, o partido que já governou a capital por três vezes nas últimas duas décadas tinha eleito oito vereadores na capital paulista.
Esses vereadores abandonaram o partido e debandara para outra legenda quando o PSDB decidiu não apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) e lançar candidato próprio.
Dos oito tucanos que abandonaram o ninho, ao menos cinco deles foram reeleitos neste domingo (6). São eles:
Sandra Santana (MDB): 38.288
Carlos Bezerra Jr (PSD): 37.554
João Jorge (MDB): 36.288
Rute Costa (PL): 43.069
Fabio Riva (MDB): 44.622
Aposentadoria e apoio a Ricardo Nunes
Apesar do posicionamento do candidato, o PSDB anunciou oficialmente que recomendará o voto em Ricardo Nunes (MDB).
“O PSDB rejeita os extremos e a radicalização. Em São Paulo, o partido recomendará o voto em Ricardo Nunes, do MDB, no segundo turno, contra o lulopetismo por uma questão de coerência ideológica histórica. Somos a favor de um país com equilíbrio, com justiça social, com equidade, que respeite a liberdade e a democracia”, afirma nota assinada por Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB, e Aécio Neves, presidente do Instituto Teotônio Vilela.
Em entrevista coletiva neste domingo (6), Datena afirmou que não vai mais seguir na política, avaliou que seu desempenho dele não foi à altura do partido e agradeceu os dirigentes do partido.
“Derrotas ensinam mais que vitória”, disse. “Nem sempre popularidade e capacidade de falar dão resultado em política.”
O tucano afirmou não saber o que faltou em sua campanha, “mas faltou muita coisa” e que por isso não pretende experimentar novas posições políticas.
“Eu penso em não voltar nunca mais à política e repensar a carreira quando voltar das férias. Vou conversar com a Band e repensar o meu papel. O futuro a gente tem que pensar depois.”
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Luiz Datena, durante agenda de campanha em São Paulo.
Divulgação/PSDB
“Eu não quis ser candidato a prefeito, mas eu podia ter entrado como senador. Como senador, as duas eleições que eu deixei, eu estava praticamente eleito com 23%, 25% e abandonei essas eleições. Pelo Senado é difícil? É, mas é mais fácil do que você concorrer a uma majoritária e talvez eu aprendesse a lidar melhor com política, mas isso não existe, porque é uma coisa hipotética e não aconteceu.”
E completou: “Eu fui levado a ser candidato a prefeito por algum motivo, e eu acredito que é um motivo divino. A lição que eu aprendi é que valeu a pena correr, sim, até o final da campanha, foi digno da nossa parte correr até o final da campanha”.
“Pena que não deu, mas foi uma decisão do povo de São Paulo, e eu respeito totalmente a vontade do povo de São Paulo. Eu acho que acima das individualidades está o processo democrático.”

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