Eleições 2024: colunistas analisam resultado do 1º turno em São Paulo

Resultado mostrou capital com 2º turno entre Nunes (MDB) e Boulos (PSOL). Candidato Pablo Marçal (PRTB) ficou em terceiro lugar. Comentaristas do g1 e da GloboNews analisaram o resultado das eleições para prefeito de São Paulo, realizadas neste domingo (6).
Andréia Sadi
Marçal está em jogo de ganha-ganha para ser presidente em 2026
Para a colunista, Pablo Marçal (PRTB) está usando a eleição de São Paulo como trampolim para alcançar um objetivo maior: a presidência da República. O que Marçal fez até aqui já o viabilizou como um nome para disputar em 2026, seja para a presidência ou para o Senado.
“Marçal está em um jogo de ganha-ganha. Se não for para o segundo turno, ele já ganhou: já se apresentou, já colocou o nome dele na rua. Se vencer a eleição municipal, fará campanha para 2026 com a máquina pública na mão.”
Sobre o segundo turno na capital, quando pesquisa Datafolha foi divulgada, apontando que seria uma disputa entre Nunes e Boulos, a colunista disse:
Andréia Sadi analisa possível segundo turno em São Paulo
“Ricardo Nunes com apoio da máquina pública, do governador Tarcísio e, sem apoio enfático de Bolsonaro, vai para segundo turno.
Boulos, com apoio do presidente Lula, é mostra que é um candidato de esquerda do campo progressista que mostra que é muito mais forte do que os candidatos do PT que apareceram nos últimos anos.
A disputa com Boulos era o cenário mais desejado pela campanha de Nunes desde o começo até aparecer o fator Pablo Marçal.
Com esse cenário de segundo turno, Marçal se firma como liderança nacional na política na direita, mesmo fora do segundo turno. E atrapalhou muito os planos de Ricardo Nunes. ”
Daniela Lima
Daniela Lima analisa futuro de Marçal após laudo falso contra Boulos
A colunista analisou o futuro do candidato Pablo Marçal após as eleições municipais.
“Primeiro, o abuso de poder econômico político em eleição na qual se concorre, ou que tenha sido diplomado, no caso do ‘exército de cortes’ das redes sociais que ele pagou e não informou a Justiça eleitoral. Se ele for condenado, fica fora da eleição oito anos se for condenado.”
Daniela Lima analisa ‘fratura na direita’, que não acaba com o 1º turno em São Paulo
A colunista comentou que, quando Nunes foi agradecer aos apoiadores sobre o resultado do 1º turno, os gritos foram direcionados para Tarcísio de Freitas, governador de SP, e não para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
“Acho que a saída de Marçal não encerra a fratura da direta. Esse ato de agradecimento muito vocal ao Tarcísio vai incomodar muito Bolsonaro. O governador foi até o fim ao lado de Nunes. Bolsonaro fez um apoio tímido e não teve seu nome gritado.”
Julia Duailibi
Julia Duailibi analisa segundo turno em São Paulo
A comentarista acredita que a rachadura na direita política brasileira não encerra com o 1º turno em São Paulo.
“A questão é sobre as lideranças da direita. Tem Marçal, que teve 1,7 milhão de votos e capturou esse eleitorado da direita, e Nunes capturando este eleitorado mas sendo mais de centro. A ruptura da direita segue. O que acho que fica mais homogêneo é quando analisamos o eleitorado. Pesquisa Datafolha diz que 7 entre cada 10 eleitores de Marçal votariam em Nunes no segundo turno. Parece uma maioria, não uma fratura.”

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