Eleições 2024: confira como foi manhã de votação em Mojuí dos Campos e Belterra


Santinhos sujam ruas de Mojuí dos Campos, mas Belterra as ruas estão limpas. Escola Estadual Waldemar Maués é o maior colégio eleitoral de Belterra
Kamila Andrade/g1
Na manhã das eleições municipais de 2024, os eleitores de Mojuí dos Campos e Belterra, no oeste do Pará, se dirigiram às urnas com diferentes experiências e expectativas. Enquanto Mojuí dos Campos lidava com um cenário de propaganda irregular, como o “derramamento de santinhos”, já em Belterra houve denúncias de boca de urna, porém se destacou na questão que as ruas estavam limpas.
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Em Mojuí dos Campos, também foi registrado o ‘derramamento de santinho’ pelos locais de votação
Kamila Andrade/g1
A aposentada, Ana Portela Aragão, de 74 anos, que não é mais obrigada a votar por causa da idade, destacou a importância de exercer seu direito. “Eu gosto de votar porque a gente está em atividade todo tempo, né? É um direito que nos assiste”, afirmou.
Ana também expressou o desejo de ver melhorias para Mojuí dos Campos. Quero coisas boas, bênçãos para todos nós, nós merecemos. Por isso, tem que fazer uma boa escolha”, destacou.
Ana Portela, mesmo não sendo mais obrigada a votar por conta da idade, faz questão de vir e garantir o direito.
Kamila Andrade/g1
Já em Belterra, o cenário era completamente diferente. As ruas próximas às seções eleitorais estavam limpas, sem os “santinhos” que costumam causar transtornos no dia da votação. Porém, um caso de “boca de urna” foi registrado na cidade, onde um candidato foi conduzido por, suspostamente, tentar influenciar eleitores. Ele foi levado para a Unidade de Integrada de Polícia.

Eleitores de Mojuí dos Campos enfrentam filas nos locais de votação
Kamila Andrade/g1
Isabel Pereira, de 18 anos, estava emocionada por exercer o direito ao voto pela primeira vez. Estudante de licenciatura em História, Ela falou sobre a importância desse momento. “Eu acompanho bem essa trajetória de votação, essa questão dos direitos do cidadão, então é algo muito importante que eu tenho comigo”, disse.
Isabelle Pereira, 18 anos, vota pela primeira vez
Kamila Andrade/g1
Para Isabel, a responsabilidade com o voto é uma decisão sobre o futuro. “A gente tem que ter muita responsabilidade nesse voto porque é uma decisão do que é o melhor pra gente, pra nossa sociedade, ver quem corresponde com o que é melhor pra gente”, completou.
Suspeita de ‘Boca de Urna’ em Belterra
A eleição municipal de Belterra foi marcada por uma ocorrência envolvendo uma denúncia de boca de urna, um ato que pode configurar crime eleitoral, dependendo das circunstâncias. O caso envolve o candidato Antônio Rocha (PP), que, segundo informações preliminares, teria sido abordado pela Polícia Federal após visitar duas seções eleitorais diferentes da sua, o que foi interpretado como uma possível irregularidade.
De acordo com o promotor eleitoral da 104ª Zona Eleitoral, Alison Ribeiro Vasconcelos, a investigação ainda está em fase preliminar. “Ainda estamos formalizando para que depois a gente possa adentrar no mérito e averiguar se realmente houve uma conduta ilícita ou não”, afirmou o promotor.
A denúncia partiu da Polícia Federal, que relatou que o candidato estava cumprimentando eleitores e gerando movimentação em seções eleitorais que não eram as suas.
“A depender das circunstâncias das provas, pode configurar um ilícito, mas não houve entrada no mérito até o momento”, acrescentou o Promotor.
O procedimento adotado foi o Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), uma medida comum em casos de menor potencial ofensivo. A Polícia Civil de Belterra já formalizou o TCO, e o Ministério Público Eleitoral tomará as providências cabíveis após a análise das provas.
O delegado Lucivelton Ferreira confirmou a ocorrência e explicou que a Polícia Federal apresentou o candidato para esclarecimentos. “Estamos lavrando o TCO, ouvimos as partes e já conversamos com o promotor eleitoral. O caso será encaminhado para a justiça eleitoral, que irá analisar as circunstâncias”, disse.
Além da denúncia de boca de urna, o delegado mencionou que também estão sendo recebidas denúncias sobre transporte de eleitores e que a polícia está verificando todas as ocorrências com reforço na equipe.
A equipe de Antônio Rocha, que é candidato a prefeito, defendeu que o ocorrido foi fruto de um mal-entendido. Segundo o advogado da campanha do candidato, Luis Alberto Figueira, apenas acompanhou seu vice candidato em uma seção eleitoral após votar na sua própria, e a abordagem da Polícia Federal foi “excesso de zelo”. “Antônio Rocha tem 20 anos de experiência como deputado estadual e conhece bem as leis. Jamais cometeria um crime eleitoral”, afirmou.
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