Após divulgação das últimas pesquisas, campanhas veem disputa ‘com emoção’ em São Paulo

A eleição deste domingo (6) em São Paulo vai ser “com emoção”. A definição é das equipes dos principais candidatos, que mais uma vez apareceram tecnicamente empatados nas pesquisas Quaest e Datafolha.
Assessores de Guilherme Boulos e Ricardo Nunes demonstram confiança de que estarão no segundo turno, mas admitem que a votação vai ser acompanhada de muita emoção e não dá para cravar um resultado no final de tarde de amanhã.
Na Quaest, Guilherme Boulos (Psol) tem 29% dos votos válidos, Ricardo Nunes (MDB) tem 28% e Pablo Marçal (PRTB) aparece com 27%. No Datafolha, Boulos tem 29% e Ricardo Nunes e Pablo Marçal marcam 26%.
Veja a pesquisa de intenção de voto feita pelo Quaest para prefeitura de São Paulo
A expressão “vai ser com muita emoção” foi ouvida tanto na campanha de Boulos como na de Nunes. Assessores do atual prefeito Ricardo Nunes dizem que o clima se alterou entre quinta e esse sábado depois da publicação por Pablo Marçal de um falso laudo médico para imputar a Boulos o uso de drogas.
Segundo um interlocutor de Ricardo Nunes, Pablo Marçal decidiu fazer a publicação num “jogo de alto risco” para tentar garantir sua ida para o segundo turno, mas o efeito pode ser o contrário.
Marçal não vai perder o seu eleitorado cativo (83% dos que dizem votar nele, segundo pesquisa do Datafolha), mas pode acabar fazendo mudar o voto daqueles que estavam inclinados a optar por ele. As pesquisas ainda não captaram, porém, esse movimento.
Se o movimento ocorrer no dia da votação, aí Pablo Marçal ficaria fora do segundo turno. Mas a campanha de Guilherme Boulos não conta com esse impacto negativo para a jogada de alto risco de Pablo Marçal. Para assessores de Boulos, o candidato do PSOL deve chegar a 30% e passar para a segunda etapa, mas não é possível definir quem seria seu adversário.
Entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, a publicação do laudo falso contra Guilherme Boulos pode até garantir a ida dele para o segundo turno, mas não ganharia no segundo turno até do candidato do Psol porque nos próximos dias ele será alvo de fatos negativos a partir das investigações que serão feitas em São Paulo e pela Polícia Federal.
“Ele pode ter achado que fez uma jogada de mestre, para atrair a atenção para ele nesta reta final, mas vai acabar virando um tiro no pé”, avaliou um bolsonarista que o estava apoiando.

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