Projeto exibe filmes e estimula detentos a escreverem resenhas em penitenciária no interior de SP


Projeto de ressocialização é realizado na penitenciária de Riolândia (SP) desde outubro de 2023. As resenhas, escritas pelos presos, são analisadas por professores vinculados à unidade prisional e encaminhadas para o Judiciário. Ação tem objetivo de promover ressocialização através da cultura em penitenciária de Riolândia (SP)
Divulgação
Preconceito é uma palavra que facilmente aparece quando o assunto está relacionado às pessoas que cumprem pena em uma unidade penitenciária. Mas, dentro deste ambiente também podem “florescer” novas oportunidades.
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Essa a ideia do projeto “A arte ensina a vida” que foi desenvolvido em outubro do ano passado, pelo juiz Luan Casagrande, envolve a exibição mensal de dois filmes direcionados aos reeducandos da Penitenciária de Riolândia (SP).
O projeto é uma parceria entre a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (FUNAP) e o Poder Judiciário. De acordo com o Diretor da Penitenciária, Clayton Guimarães Nogueira, os detentos são sensibilizados ao processo de ressocialização, além de terem acesso à cultura.
“Os detentos além de assistirem aos filmes, produzem resenha dos filmes que assistiram, essa resenha é analisada pela comissão de validação formada por professores de escola vinculada ao projeto e servidores da unidade, que posteriormente é encaminhada para o Poder Judiciário” explica.
Após assistiram aos filmes, o estímulo à escrita e a reflexão ajuda no processo de ressocialização dos reeducandos. Em seguida, as resenhas são analisadas por professores vinculados à unidade prisional e depois encaminhadas para o Poder Judiciário.
Preconceito
O juiz Luiz Casagrande explica que quando o assunto é sistema prisional, é necessário quebrar a visão de um lugar que tem como função de ser punitivo aos detentos.
“Existe a necessidade de locais como esse proporcionar uma transformação social, pois ele só ser punitivo já mostrou ser incapaz de gerar transformação social e segrega os reeducandos” ,explica.
Reeducandos participam de projeto que exibe filmes na Penitenciária de Riolândia (SP)
Divulgação / SAP
Luiz destaca, também, que é necessário a reeducação e a profissionalização de pessoas encarceradas.
“A gente proporciona o acesso à cultura que, de alguma forma, ajuda a transformar essa visão dos reeducandos sobre a vida; o que leva a evolução pessoal”, explica.
Um reeducando que preferiu não ser identificado, contou ao g1, que a mensagem transmitida pelos filmes desmistifica o preconceito, traz exemplos de superação, de inclusão social e o faz refletir sobre o real significado da vida.
“Eu vejo a solução dos problemas da vida muitas vezes ali, na perserverança, empatia e respeito ao próximo que são mostrados”, explica.
A execução do projeto é coordenada pelos servidores do Centro de Trabalho e Educação da unidade, com apoio de um monitor da FUNAP que auxilia na exibição das obras.
* Sob supervisão de Henrique Souza.
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