Comida, transporte aluguel e mais: qual o custo de vida em Florianópolis?

O custo de vida em Florianópolis considera o quanto o morador do município paga para comer, morar e andar pela cidade. A capital catarinense lidera rankings com os custos mais altos do Brasil. Moradia e alimentação são alguns exemplos de rankings que dão essa fama à cidade.

Custo de vida em Florianópolis

Qual o custo de vida em Florianópolis – Foto: Marcos Albuquerque/Divulgação/ND

Em maio deste ano, uma pesquisa da Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou que o salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas seria de R$ 6.912,69 para bancar o custo de vida em Florianópolis.

A análise considera que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

O valor do Dieese é abaixo da renda média mensal de 4,4 salários mínimos do trabalhador de Florianópolis aferido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2023, um estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) também calculou renda média abaixo do Diesse para Florianópolis: R$ 4.215.

Quanto custa morar em Florianópolis

Um item do custo de vida em Florianópolis precisa incluir o gasto para morar, principalmente para quem deseja ter uma casa própria na capital catarinense.

Conforme o  índice FipeZap+ de agosto, Florianópolis ocupa o quarto local no ranking de cidades com o metro quadrado de imóveis residenciais à venda mais caro do Brasil, cerca de R$ 11,5 mil. Em um ano, o preço do m² aumentou R$ 1 mil na capital de Santa Catarina.

As três que superam Florianópolis no ranking também são catarinenses, o que torna a cidade a primeira entre as capitais.

  1. Balneário Camboriú: R$ 13.502/m²
  2. Itapema: R$ 13.423/m²
  3. Itajaí: R$ 11.574/m²
  4. Florianópolis: R$ 11.525/m²

Quem deseja morar de aluguel pode esperar pagar um dos preços mais salgados do Brasil, já que Florianópolis ocupava o 3º lugar do Brasil com o preço médio do metro quadrado mais caro, R$ 53,72/m². A capital catarinense fica apenas atrás de Barueri (SP), com R$ 60,93/m² e São Paulo capital, com R$ 55,69/m². Os dados são do índice FipeZap+ referente ao mês de julho.

Custo de vida em Florianópolis: quanto se paga para comer?

Em julho de 2024, a Dieese apontou que a cesta básica de Florianópolis foi a segunda mais cara entre as capitais do Brasil, custando 782,73. O valor corresponde a 59,9% do salário mínimo nacional que é R$ 1.412. Para sustentar esse custo de vida em Florianópolis, apenas para pagar a comida o morador da capital precisa trabalhar 121 horas 58 minutos por mês.

De acordo com o Dieese, a batata foi o item da cesta básica de Florianópolis que teve o aumento mais expressivo no valor do quilo, 84,06% em um ano. Além disso, a capital teve uma das maiores altas no preço do feijão preto no mesmo período, de 8,12%.

A capital catarinense também é a cidade mais cara para quem deseja almoçar fora de casa, apontou uma pesquisa da ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador).

Conforme o levantamento, que considerou almoço em restaurantes que aceitam vouchers/cartões refeição, o preço médio pago por uma refeição em Florianópolis é de R$ 62,54, o mais caro do Brasil e acima da média da região Sul, de R$ 48,91. O ranking é seguido por cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Preço médio para comer fora em Florianópolis

  1. Florianópolis (SC): R$ 62,54
  2. Barueri (SP): R$ 60,95
  3. Taboão da Serra (SP): R$ 60,91
  4. Rio de Janeiro (RJ): R$ 60,46
  5. São Paulo (SP): R$ 59,67
custo de vida em Florianópolis

Família de quatro pessoas deveria ter uma renda de R$ 6.912,69 para bancar o custo de vida em Florianópolis – Foto: Germano Rorato/ND

Custo de transporte

A pesquisa mensal de Preços de Combustíveis, realizada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil), em 25 de agosto, mostra que o preço médio da gasolina comum em Florianópolis é de R$ 5,94.

Nesse quesito, Florianópolis não tem a gasolina mais cara e nem a mais barata entre as capitais brasileiras.

Quanto ao transporte público, Florianópolis tem apenas o ônibus como opção. A taxa convencional por trecho, caso conectado entre terminais, custa R$ 6. Já com o cartão cidadão o valor passa para R$ 4,98. Esse valor se multiplica por dois ou mais considerando a ida e a volta para a casa ou se não houver integração entre os terminais de ônibus ou após 2 horas entre uma viagem e outra.

Na comparação com São Paulo, maior cidade brasileira, por exemplo, a passagem de ônibus custa R$ 4,40. A capital paulista, contudo, conta com outras opções de transporte, como trem e metrô.

Já o Rio de janeiro tem oito tipos de transporte público diferentes, com opções como ônibus, metrô e barca. As passagens entre as opções variam de R$ 4,30 (ônibus) até R$ 7,70 (barca). Tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro há integração entre tipos diferentes de meio de transporte.

Florianópolis cresceu 36% em 12 anos

Mesmo sendo uma cidade cara para a média da população, a quantidade de habitantes em Florianópolis cresceu 36% em 12 anos, aponta o Censo 2022 divulgado pelo IBGE.

De acordo com o levantamento realizado em 2010, a capital contava com 421.240 moradores. A prévia do Censo de 2022 apontou que a Ilha de Santa Catarina tinha 574.200, ou seja, 152.960 novos moradores.

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