Após conclusão das buscas, Defesa Civil isola área de prédio que desabou em Olinda


Segundo a prefeitura, será feita uma vistoria técnica complementar. Corpo da última vítima foi encontrada de madrugada e paciente que estava no Hospital Miguel Arraes recebeu alta. Bombeiros buscam vítimas em desabamento de prédio em Olinda
Reprodução/TV Globo
Após a conclusão do trabalho de buscas das vítimas atingidas pelo desabamento do Edifício Leme, a prefeitura de Olinda informou neste sábado (29) que vai isolar, com tapumes, a área onde fica o prédio, na Rua Acapulco, em Jardim Atlântico. Segundo a gestão municipal, a Defesa Civil vai fazer uma vistoria técnica complementar no local.
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As buscas foram concluídas na madrugada deste sábado, quando os bombeiros encontraram o corpo da última pessoa que estava desaparecida. A vítima, identificada como Maria do Socorro Oliveira da Silva, de 60 anos, foi retirada dos escombros à 1h19, segundo o Corpo de Bombeiros.
A prefeitura de Olinda informou que o laudo final do desabamento será enviado à Procuradoria-Geral do município para dar “maior celeridade” ao processo de demolição do prédio pela Caixa Seguradora.
A gestão municipal disse ainda que irá prestar assistência social às vítimas e seus familiares, buscando o ressarcimento da seguradora responsável. O prefeito da cidade, Professor Lupércio (Solidariedade), decretou luto oficial de três dias.
Mulher de 30 anos teve alta
Ao todo, onze pessoas foram atingidas pelo desabamento. Entre os cinco feridos, estava Luane Carneiro da Silva Nascimento, de 30 anos, que, após o acidente foi levada ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou neste sábado que, após a realização de exames, Luane recebeu alta na noite da sexta (28). Ela é viúva de Rodolfo Henrique Pereira da Silva, de 31 anos. O casal mantinha um restaurante que fazia entrega de almoço.
Além de Luane, outras quatro pessoas foram resgatadas com vida:
⏩ José Ebenezer, de 53 anos, resgatado vivo dez horas após ser soterrado e levado para o Hospital da Restauração: sofreu trauma nas pernas e passou por cirurgia;
⏩ José Fernandes da Silva, de 44 anos, internado no HR: teve fratura na mão e passou por cirurgia;
⏩ Lais Letícia de Lima Silva e Jenifer Cristiane Paiva dos Santos, ambas de 25 anos, encaminhadas para a UPA da PE-15, em Olinda: chegaram à meia-noite e tiveram alta às 2h da sexta (28).
Outras vítimas
Na noite da sexta (28), o Corpo de Bombeiros encontrou os corpos de Juliana Alves, de 32 anos, e Flávia Alves, de 16 anos – mãe e filha. Elas moravam no prédio havia dez anos. Segundo a corporação, as vítimas estavam abraçadas sob os escombros.
O corpo de Maria José Barbosa, de 52 anos, foi localizado na tarde de sexta.
Durante a noite de quinta (27) e a madrugada de sexta (28), foram resgatados sem vida o dono de restaurante Rodolfo Henrique Pereira da Silva, de 31 anos, e o adolescente Heverton Benedito dos Santos, de 13 anos.
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O que aconteceu
Metade dos 16 apartamentos do Edifício Leme, localizado na Rua Acapulco, em Jardim Atlântico, desabou por volta das 22h da quinta (27). Moradores vizinhos ao prédio disseram que, primeiro, houve um grande estrondo e, depois, a estrutura pegou fogo (veja vídeo acima).
Os bombeiros informaram que foram acionados às 22h08 para a ocorrência, chegando ao local 20 minutos depois.
Foram deslocadas três viaturas de resgate, três viaturas de salvamento e uma viatura de combate a incêndio. A Defesa Civil de Olinda também foi ao local após o acidente.
Prédio estava interditado desde 2000
O edifício estava interditado desde o ano 2000, segundo a prefeitura. De acordo com o trecho de um laudo ao qual o g1 teve acesso, a edificação tinha “sérios problemas” de estrutura; entre eles, o acúmulo de água dentro do imóvel.
A ocupação de prédios com risco de desabamento é uma realidade presente há mais de 20 anos no Grande Recife. Desde a década de 1990, a TV Globo registrou, ao menos, nove casos de desmoronamentos.
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