Dupla é presa suspeita de torturar pessoas por dívida com o tráfico em Miracema, RJ; vídeos flagram agressão

De acordo com delegado Gesner César Bruno, quatro pessoas estão foragidas. Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos no Morro do Cruzeiro nesta sexta-feira (28). Homens são presos por suspeita de tortura no Noroeste Fluminense
Dois homens foram presos nesta sexta-feira (28) suspeitos de torturar supostos usuários de drogas em Miracema, no Noroeste Fluminense. A ação realizada por policiais civis da Delegacia da cidade, Polícia Militar e Ministério Público aconteceu no Morro do Cruzeiro.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Dr. Gesner César Bruno, os suspeitos fazem parte de uma facção criminosa.
“Durante as investigações e levantamento de informações, identificamos quatro executores dos crimes de tortura, tráfico de drogas, associação para fins de tráfico de drogas e corrupção de menores. Também foram identificadas duas lideranças de uma mesma facção criminosa que foram mandantes dos crimes. As vítimas foram torturadas em razão do não pagamento de dívidas com tráfico de drogas, foram vitimadas a princípio um jovem e uma jovem”, disse o delegado.
O caso veio à tona há cerca de uma semana, depois que um vídeo passou a circular em aplicativos de mensagens. Nas imagens, cinco suspeitos aparecem agredindo um rapaz e uma jovem, supostos dependentes químicos, que supostamente estavam devendo a facção que atua na comunidade do Morro do Cruzeiro.
Nas imagens, o homem é espancado com golpes de madeira, enquanto grita por misericórdia e jura que irá pagar as dívidas. Já a mulher recebe, calada, inúmeros socos e tapas pelo corpo. As cenas foram registradas no ponto conhecido como Praça da Juventude.
Foram decretadas as prisões temporárias de todos os suspeitos nos crimes, executores e mandantes, e expedidos mandados de busca e apreensão nas casas dos seis envolvidos.
Também foi identificado um adolescente infrator envolvido com o grupo. Até o momento foram cumpridos dois mandados de prisão e os residenciais, sendo colhidos novas provas que auxiliarão no inquérito que foi instaurado.
Os presos vão passar por uma audiência de custódia, momento onde a Justiça analisa se houve ilegalidade na prisão. Em seguida, ficarão à disposição da Justiça.