Paranaense vai representar o Brasil em campeonato de rédeas na Itália e relembra anos de treinamento: ‘Esporte moldou toda minha personalidade’


Modalidade de hipismo é considerada a mais técnica. Adolescente chega a treinar seis horas por dia. Paixão pelos cavalos começou ainda na infância. Prestes a representar o Brasil na Itália em campeonato de rédeas, paranaense relembra anos de treinamento
Foto autorizada/Arquivo Pessoal
Prestes a representar o Brasil em um campeonato na Itália, a atleta paranaense de hipismo Astrid Annas, de 17 anos, tem uma trajetória de atleta baseada em dedicação e vontade.
Prestes a representar o Brasil em um campeonato na Itália, a paranaense atleta de hipismo Astrid Annas, de 17 anos, tem uma trajetória baseada em dedicação e vontade.
A adolescente vive em Guarapuava, na região central do Paraná, e pratica a modalidade chamada rédeas, considerada a mais técnica e que envolve o adestramento do cavalo.
Quando não está na escola, a menina passa a maior parte do tempo treinando. A rotina intensa chega a incluir cerca de seis horas diárias de treino.
“Conciliar esses dois é uma dificuldade, em especial a partir de 2018, quando comecei a ter alguns animais em treinamento em casa, por minha conta. Isso demanda tempo e energia. Olhando para trás, acho até uma loucura as coisas que já fiz, mas, além disso, creio que o esporte moldou toda a minha personalidade”, relata ao g1.
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A conexão com os cavalos começou quando Astrid ganhou a primeira égua, aos cinco anos. Em 2020 ela começou a praticar a modalidade de rédeas (conheça abaixo).
“Nesse mesmo ano fui na minha primeira prova da modalidade, o Rédeas de Ouro, e me apaixonei por ela. A técnica envolvida é fascinante”, conta.
Prestes a representar o Brasil na Itália em campeonato de rédeas, paranaense relembra anos de treinamento
Foto Autorizada/Arquivo Pessoal
O treinamento e a disciplina levaram Astrid a vencer uma seletiva da Associação Nacional do Cavalo de Rédeas (ANCR), que definiu a representação jovem do Brasil no World Youth Reining Cup.
O campeonato está previsto para 27 de maio, na cidade italiana de Cremona. A paranaense vai acompanhada dos pais, da irmã mais nova e do treinador Gilsinho Diniz.
“A expectativa é bastante grande, sinto que todos esses anos serviram para me preparar para representar nosso país da melhor forma possível na Itália”, frisa.
Paixão por cavalos
Prestes a representar o Brasil na Itália em campeonato de rédeas, paranaense relembra anos de treinamento
Foto Autorizada/Arquivo Pessoal
Segundo Astrid, apesar de ninguém na família ter contato com o meio equestre, desde a infância ela foi obcecada por cavalos. O apoio e incentivo do pai foram essenciais.
“Aos 11 anos comecei a participar das minhas primeiras competições oficiais. […] O esporte como um todo já me fez passar por muitas coisas. Algumas vezes pensei seriamente em desistir, hoje sou extremamente grata por não ter me deixado abalar apesar de tudo”, ressalta.
A atleta conta que a rotina de treinamentos é puxada. Para evoluir, a paranaense passou até uma temporada em treinamento nos Estados Unidos.
Prestes a representar o Brasil na Itália em campeonato de rédeas, paranaense relembra anos de treinamento
Foto Autorizada/Arquivo Pessoal
Em casa, Astrid treina sozinha para manter o condicionamento físico – dela e do animal. O cuidado com os cavalos é muito especial, segundo ela.
“Os que estão em treinamento passam a maior parte do tempo nas cocheiras, mas também são soltos por algum período para gastar energia. Em geral, treinam cinco dias na semana, uma hora por dia. O condicionamento físico e a habilidade de cada animal são desenvolvidos cuidadosamente”, explica.
Os animais também passam por acompanhamento veterinário, com foco na prevenção. Eles são submetidos a terapias e exames, são vacinados e têm dieta planejada.
Gilsinho Diniz, técnico da atleta, fica em Avaré (SP), onde a paranaense tem animais que ficam sob treinamento do assessor. Eles se encontram cerca de uma vez por mês.
Astrid e o técnico
Foto Autorizada/Arquivo Pessoal
Conheça a modalidade
De acordo com a Associação Nacional do Cavalo de Rédeas, fundada em 1989, a modalidade é a mais técnica e consiste no adestramento básico do animal.
Os níveis de dificuldade variam e, para garantir uma boa nota, o competir precisa mostrar que o cavalo controla os movimentos quase que voluntariamente, sem ou com pouca resistência.
Astrid explica que nesse tipo de prova não há nenhuma forma de obstáculo no circuito, apenas cones marcando onde o cavalo deverá fazer as manobras.
“Nessa pista temos que realizar as seguintes manobras: spins (giros); esbarros, que podem incluir rollbacks e recuos; trocas de mão e círculos, grandes e rápidos ou pequenos e lentos”, detalha Astrid.
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