Veja antes e depois do prédio que desabou em Olinda; FOTOS

Defesa Civil de Olinda diz que 110 edifícios estão sendo monitorados atualmente na cidade por causa do risco de desabamento. Initial plugin text
A queda de parte do Edifício Leme, na noite de quinta (27), é o desfecho trágico de uma história que se arrasta há mais de 20 anos e que envolve outras construções do mesmo tipo na Região Metropolitana do Recife.
Segundo a Defesa Civil de Olinda, atualmente, 110 edificações estão sendo monitoradas na cidade, em razão do risco iminente de desabamento.
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As construções tipo caixão, segundo o órgão, apresentam em alguns casos “necessidade imediata de demolição” e de monitoramento das edificações pelas construtoras e/ou seguradoras.
Entenda como era o Edifício Leme
Escadas de prédio que desabou em Olinda
Reprodução/TV Globo
🚩 A Defesa Civil de Olinda informou que prédio com 16 apartamentos foi construído no sistema de ‘prédio caixão’ – técnica na qual as paredes têm a função de sustentar a estrutura, sem a necessidade de vigas ou pilares;
🚩 A técnica foi muito popular na construção civil de Pernambuco nas décadas de 1960 e 1970 e muitas das unidades habitacionais foram financiadas pela Caixa;
🚩 O Edifício Leme tinha 16 apartamentos, numa estrutura de térreo e três andares. No desmoronamento de quinta (27), 8 apartamentos foram destruídos;
🚩 O Edifício Leme já havia sido desocupado pela Defesa Civil por irregularidades, no ano 2000, mas voltou a ser habitado sem autorização;
🚩 Segundo o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), a Prefeitura de Olinda interditou o prédio em 15 de março de 2001, “com a determinação de desocupação dos imóveis pelos moradores originários”;
🚩 Após a interdição, o MPPE ajuizou uma Ação Civil Pública (nº 0012541-89.2002.8.17.0990), pela qual a Justiça determinou que os demandados assumam os custos com moradia para os proprietários dos apartamentos e fizessem a guarda e a manutenção prédio até o fim do processo;
🚩 Apesar dos riscos, o prédio foi invadido e teve apartamentos alugados para outros moradores, segundo testemunhas.
A situação dos edifícios caixão em Olinda
Imagem aérea mostra local onde prédio desabou em Olinda
Reprodução/TV Globo
⚠️ A Defesa Civil de Olinda identificou que existem pelo menos 110 edificações com risco de desabamento no município, distribuídas nos bairros de Jardim Fragoso, Jardim Brasil, Casa Caiada, Bairro Novo, Jardim Atlântico, Rio Doce, entre outros;
⚠️ Segundo a Prefeitura de Olinda, parte destes edifícios é alvo de ações judiciais, sob o conhecimento do Ministério Público de Pernambuco;
⚠️ Alguns dos prédios da localidade foram evacuados no início dos anos 2000, por risco de desabamentos. Em 2020, moradores denunciavam o cenário de abandono no entorno dos habitacionais, com acúmulo de lixo e água parada e falta de iluminação.
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Laudo do ano 2000 apontava condições precárias
📘 Laudo feito pela Defesa Civil, pelo governo de Pernambuco e pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que vistoriaram o Edifício Leme no ano 2000 relatava situação preocupante;
📘 Documento diz que havia bastante água dentro do edifício, porque o embasamento dele era feito de tijolo cerâmico e blocos de cimento;
📘 Também foram constatadas duas fissuras na época da vistoria;
📘 A prefeitura de Olinda disse que, depois dessa vistoria realizada em 2000, foi exigida a demolição do imóvel junto à Caixa Seguradora, responsável pelo edifício e pela vigilância do prédio
📘 De acordo com a prefeitura, a Caixa Seguradora era responsável por “proibir a ocupação”.
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Quais são as informações sobre o acidente?
➡️ Moradores vizinhos ao prédio disseram que houve um grande estrondo antes do desabamento do Edifício Leme, na Rua Acapulco, no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda;
➡️ O acidente aconteceu por volta das 22h da quinta-feira (27). O Corpo de Bombeiros recebeu um chamado às 22h08 e chegou ao local 20 minutos depois;
➡️ Após o desabamento, houve também um incêndio no local;
➡️ As primeiras informações apuradas pela TV Globo diziam que havia 16 pessoas no edifício no momento do desabamento;
➡️ Após o primeiro dia de resgates, o Corpo de Bombeiros trabalha com o número de 11 pessoas: 8 resgatadas (sendo 5 com vida e 3 pessoas mortas) e três pessoas desaparecidas;
➡️ No desabamento, ao menos três pessoas morreram, cinco foram resgatadas com vida, três pessoas foram resgatadas sem vida e outras três estão sendo procuradas pelos bombeiros nos escombros (veja mais abaixo).
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