Justiça confirma presença de sêmen de Cuca em corpo de menina de 13 anos; entenda

A Justiça Suíça confirmou a presença de sêmen do então jogador Cuca, no corpo da vítima de 13 anos, ao qual ele foi acusado de estupro há 34 anos. Hoje, atuando como técnico de futebol, Cuca foi demitido do Corinthians após a condenação judicial na Suíça que trouxe o caso à tona. Nesta sexta-feira, 2, o site do Globo Esporte confirmou, a sentença que condenou o na época jogador Cuca por violação sexual.

De acordo com o site, o processo referente ao caso está guardado nos Arquivos do Estado de Cantão de Berna, capital da Suíça, onde se encontram arquivados documentos históricos e também processos judiciais do país. Ao todo, o documento tem 1.023 páginas. O Jornal Nacional teve acesso à página de número 915, que contém a sentença do juiz.

No documento tem o nome dos quatro condenados, o primeiro nome que aparece é o de Alexi Stival, o Cuca e, os crimes que eles cometeram: ato sexual com menor e coação. Mas, segundo o jornal, o conteúdo completo do processo está mantido em sigilo de 110 anos.

Nesta sexta, 28, Barbara Studer, diretora do Arquivo de Berna, fez a leitura do processo e confirmou as informações noticiadas por jornais suíços que acompanharam o julgamento e a condenação de Cuca na data de 15 de agosto de 1989.

De acordo com informações, o crime aconteceu em um hotel, localizado no centro de Berna, no dia 30 de julho de 1987. Cuca e mais dois homens que na época, também atuavam no Grêmio, foram condenados pela prática dos atos sexuais contra uma adolescente de 13 anos. Além destes, houve um quarto jogador citado no processo, porém, foi absolvido da acusação, mas, condenado por coação, por ter participado do crime.

Segundo Barbara Studer, no processo consta que o sêmen de Cuca foi encontrado no corpo da vítima e ela também havia reconhecido o treinador como um dos agressores.

Na última semana, em uma entrevista coletiva de apresentação como técnico do Corinthians, Cuca negou essas informações.

“Por três vezes a moça esteve lá na frente. Não é que não reconheceu, é que eu não estava. E ela, a vítima – não sou eu, é ela – falou: o rapaz não está, o rapaz não está. Se a vítima fala que não estava, como é que eu posso ser condenado?”, afirmou Cuca.
Ainda de acordo com Barbara Studer, a vítima tentou se suicidar após o crime.

Os quatro acusados ficaram presos por quase um mês, mas, pagaram fiança e retornaram ao Brasil. O julgamento foi realizado quase dois anos depois, sem a presença dos acusados.

Cuca, Henrique Etges e Eduardo Hamester foram condenados a 15 meses de prisão. Eles receberam uma pena condicional que está descrita na legislação da Suíça. Neste caso, o condenado, por ser réu primário, não é preso; só é enviado para a cadeia, se cometer algum outro tipo de delito durante um prazo que é determinado pelo juiz e neste caso, o prazo já prescreveu.

Com informações do Jornal Nacional

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