Desabamento de prédio em Olinda deixa mortos e desaparecidos

Dos 16 apartamentos, 8 desabaram. O edifício Leme tinha 4 andares e foi interditado pela Justiça há mais de 20 anos, depois de estudos técnicos da Defesa Civil do município e da Universidade Federal de Pernambuco. Muitas famílias pobres moravam lá irregularmente. Desabamento de prédio mata 5 pessoas em Olinda (PE)
O desabamento de um prédio em Olinda , Pernambuco, deixou cinco mortos. Uma pessoa ainda está desparecida.
O desabamento aconteceu às dez da noite desta quinta (27). Dos 16 apartamentos, 8 desabaram. Os bombeiros resgataram cinco moradores com vida. O último nesta sexta (28) de manhã.
O homem identificado como Ebenezer, de 53 anos, passou dez horas embaixo dos escombros. Durante o resgate, um cilindro fornecia oxigênio. Ele foi retirado com uma fratura na perna, estava lúcido, ainda conseguiu avisar que esposa também estava soterrada. Os bombeiros encontraram o corpo de Maria José da Silva, de 52 anos, cinco horas depois. Outras quatro pessoas também morreram.
O Edifício Leme tinha quatro andares e foi interditado pela Justiça há mais de 20 anos, depois de estudos técnicos da Defesa Civil do município e da Universidade Federal de Pernambuco. Muitas famílias pobres moravam lá irregularmente.
Camila contou que escapou com o marido e a filha de 4 anos pelo buraco do ar condicionado.
“Eu tinha que sair de qualquer jeito, foi quando Deus me deu muita força de eu balançar a grade do ar condicionado. Amarrou o lençol na grade, o pai dela saiu, depois pegou ela e depois eu saí”, diz a autônoma Camila Jerônimo.
Os bombeiros e os funcionários da Defesa Civil trabalhavam retirando quilos e quilos de concreto e ferro com as mãos porque não era seguro colocar máquinas em cima dos escombros. O peso e a movimentação brusca poderiam causar mais instabilidade. Um trabalho de força, paciência e muito cuidado. Cães farejadores estão ajudando nas buscas.
“É um trabalho que não pode haver a remoção de forma acelerada, porque não sabemos o deslocamento das massas. Tem que ser um trabalho manual, isso demanda tempo, esforço. Durante alguns momentos, nós solicitamos silêncio à população para podermos ouvir os sons das vítimas, para poder localizar e resgatar”, explica o supervisor de operações major Osvaldo Carneiro.
A Prefeitura de Olinda declarou que cabia à seguradora vigiar e demolir o prédio. A Caixa Seguradora afirmou que está dando suporte às famílias e que apura eventuais responsabilidades.
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