O pontífice dirigiu um pedido ao continente europeu para que faça esforços criativos pela paz. A presidente da Hungria, Katalin Novák, pede a Francisco que fale com Kiev, Moscou e Washington para acabar com conflito. Papa começa visita à Hungria
O Papa Francisco começou nesta sexta (28) uma visita de três dias à Hungria.
Uma viagem delicada, em que o Papa Francisco – falando de Budapeste mas olhando para todo o continente europeu – condenou os nacionalismos. Isso na terra de Viktor Orbán, conhecido por suas posições bem diferentes das de Francisco quanto a imigrantes e realidade social. Mas o Papa também elogiou algumas políticas do líder europeu mais próximo de Vladimir Putin, como a da família e da natalidade, contra o aborto.
Com a guerra da Ucrânia muito próxima, as mensagens mais fortes ficaram em terreno bélico. A presidente da Hungria, Katalin Novák, pediu textualmente a Francisco que, como homem de paz, fale com Kiev, Moscou e Washington para acabar com o conflito.
O Papa dirigiu um pedido ao continente para que faça esforços criativos pela paz e não escondeu a sua amargura.
“Depois da Segunda Guerra Mundial, a Europa representou, juntamente com as Nações Unidas, a grande esperança de que uma ligação mais estreita entre as nações evitaria novos conflitos. O entusiasmo pela construção de uma comunidade de nações pacíficas e estáveis parece ter se desintegrado, enquanto zonas são marcadas, diferenças são marcadas, nacionalismos voltam a rugir e julgamentos e tons são exagerados em relação aos outros”, reforçou o Papa.
“A maturidade alcançada depois dos horrores da guerra regrediu a uma espécie de infantilismo de guerra”, disse Francisco.
Francisco passará três dias na Hungria, fará ao todo cinco discursos e no domingo (30) rezará uma missa em Budapeste, com vista para o Rio Danúbio. Uma das razões para o encontro com Viktor Orbán, pode ser a tentativa de que o primeiro-ministro húngaro convença o presidente da Rússia a receber o Papa.
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