Pastor é denunciado pelo MP por se apropriar de casa e desviar dinheiro de igreja em Planaltina


Noel Garcia dos Reis, de 64 anos, desviou mais de R$ 230 mil para benefício próprio, segundo o MP. Entre as despesas pagas com o dinheiro da igreja estão plano de saúde e contribuições previdenciárias. Pastor Noel Garcia dos Reis, de 64 anos
Reprodução/Redes sociais
Um pastor de 64 anos foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por desviar mais de R$ 230 mil de uma igreja evangélica para benefício próprio, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o órgão, Noel Garcia dos Reis usava o dinheiro arrecadado de doações de fiéis para arcar com despesas como plano de saúde e contribuições previdenciárias, além de ter adquirido um imóvel.
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O g1 tentou contato com o idoso por e-mail para que se posicionasse, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem.
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Os desvios, conforme o MP, foram realizados entre janeiro de 2018 e fevereiro de 2020. Ao todo, foram identificados 28 pagamentos de plano de saúde no valor de R$ 71,5 mil e 27 contribuições previdenciárias avaliadas em R$ 31,1 mil. Toda a despesa foi paga com o dinheiro de dízimos e ofertas doadas pelos membros da igreja.
O imovél avaliado em R$ 130 mil, por outro lado, foi adquirido pelo pastor como uma forma do templo religioso quitar uma dívida que tinha com ele. A casa pertencia a igreja, mas foi transferida para o nome do investigado mesmo ele não tendo nenhum documento que comprovasse o débito, de acordo com o MP.
O órgão pediu para que a Justiça autorize a quebra de sigilo bancário e fiscal do pastor e da igreja, a fim de investigar se foram cometidos outros crimes durante o período.
Pastor coagiu fiéis
O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil em julho de 2021, após vários fiéis procurarem a delegacia para denunciar o pastor. Durante o decorrer das investigações da corporação, conforme o MP, o idoso coagiu pelo menos três membros que o ajudavam na administração da igreja para que mentissem durante os depoimentos.
O órgão afirmou que o pastor fez uma reunião e deu ordens para que os fiéis não falassem que ele tinha controle sobre as finanças, além de terem que mentir que ele não tinha acesso aos recursos. Os membros seguiram as orientações, mas depois procuraram a delegacia para desmentir os pronunciamentos. A investigação foi finalizada em março de 2022 e o inquérito enviado ao MP.
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