Justiça do Rio mantém prisão preventiva de entregadora agredida por ex-atleta


Viviane Maria de Souza está presa desde a última segunda-feira (24) após comparecer para prestar depoimento sobre Sandra Mathias e se entregar para cumprir um mandado de prisão em aberto. A entregadora Viviane Maria de Souza Teixeira
Reprodução
O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) manteve nesta quinta-feira (27) a prisão preventiva da entregadora Viviane Maria de Souza Teixeira, agredida pela ex-atleta de vôlei Sandra Mathias Correia de Sá.
Viviane está presa desde a última segunda (24) após compareceu à 15ª DP (Gávea) para prestar depoimento sobre a confusão com Sandra Mathias em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Ela também se entregou para cumprir um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas na Justiça de São Paulo.
Por conta de um erro da Polícia Civil, a audiência de custódia da entregadora estava marcada para a próxima sexta-feira (28). O procedimento, no entanto, foi antecipado para esta quinta após a publicação da reportagem do g1.
A manutenção da prisão foi da juiz Pedro Ivo Martins Caruso D´Ippólito, da Central de Audiência de Custódia.
“A prisão continuou vigente, uma vez que não houve qualquer ilegalidade no mandado de prisão, nem na apreensão dela. O ato da prisão foi totalmente legal. Nós requeremos tratamento psicológico e psiquiátrico porque ela está extremamente abalada, de um dia para o outro a vida dela mudou”, disse a Prisciany Sousa, que representa Viviane.
Atraso na comunicação da prisão
O g1 apurou que a 15ª DP (Gávea) não comunicou à Central de Custódia sobre a prisão da entregadora e que só nesta tarde a direção da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, informou ao TJRJ que ela já havia sido presa para cumprir a prisão temporária.
No dia que Viviane se entregou e recebeu voz de prisão, a 15ª DP estava sem sistema, e Viviane precisou ser levada para a outra delegacia para que sua prisão fosse registrada no sistema. Só depois ela foi levada para o Instituto Médico Legal (IML) e para a prisão.
“Entramos com um HC no Tribunal de Justiça do Rio por ilegalidade e morosidade na audiência de custódia, sendo assim a manutenção da prisão ilegal”, disse a advogada Prisciany Sousa, que representa a entregadora.
Durante o plantão judiciário, na madrugada desta quinta, a juíza plantonista Maria Izabel Pena Pieranti negou o HC de Viviane, sobre a suposta ilegalidade da prisão.
Segundo a magistrada, ela não tinha conhecimento do pleito (do processo contra a entregadora em São Paulo) e por isso ela estava impedida de fazer a “análise de petições intercorrentes por este Órgão Plantonista Noturno”.
Atualmente, existe um outro HC na comarca de Laranjal Paulista, no interior de São Paulo, para que Viviane responda o processo em liberdade.

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