Presidente do CNJ pede que Ministério da Justiça investigue ameaça de morte contra liderança Kanamari, no AM

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Segundo uma liderança indígena ouvida pelo g1, homens armados com fuzis, e que falavam espanhol, invadiram uma aldeia da etnia e ameaçaram o cacique. Atalaia do Norte fica no interior do Amazonas.
Divulgação/Comando Militar do Amazônia
A presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Rosa Weber, pediu ao ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, que o órgão investigue uma ameaça de morte contra uma liderança do povo Kanamari, no Vale do Javari, interior do Amazonas. O pedido foi feito na terça-feira (25).
Ministra chega ao AM para visitar o Vale do Javari, região onde Bruno e Dom foram mortos
O caso aconteceu no dia 16 de abril. Segundo uma liderança indígena ouvida pelo g1, homens armados com fuzis, e que falavam espanhol, invadiram uma aldeia da etnia e ameaçaram o cacique. Segundo ele, a briga começou após a Polícia Federal apreender madeiras extraídas ilegalmente do território indígena. Um boletim de ocorrência foi feito sobre o caso.
Segundo Rosa Weber, a presença de invasores, patrocinados por organizações criminosas, é uma constante na região, situada na fronteira com o Peru e a Colômbia.
“A atrocidade das ações criminosas na área é agravada ao se considerar que se trata da região com a maior concentração de povos indígenas em isolamento voluntário e de recente contato no mundo, povos estes que se vêem suscetíveis a riscos ainda maiores de genocídio”, disse a ministra.
De acordo com a ministra, é preciso que o Estado adote medidas necessárias para proteger a vida e a integridade pessoal das comunidades indígenas no Vale do Javari para que não ocorra novamente o que aconteceu com Bruno Pereira e Dom Phillips, assassinados no ano passado.
“Requer-se ao Ministério da Justiça e Segurança Pública que envide todos os esforços para adotar providências imediatas a fim de apurar os fatos denunciados e garantir a segurança das comunidades indígenas da região, em especial do povo indígena Kanamari, cuja aldeia foi violentamente invadida”, finalizou.
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