Exame do IML constata lesão na cabeça de menino agredido em sala de aula pelos colegas, que teriam sido incentivados por professora

exame-do-iml-constata-lesao-na-cabeca-de-menino-agredido-em-sala-de-aula-pelos-colegas,-que-teriam-sido-incentivados-por-professora

Prefeitura de São João de Meriti informou que a educadora foi demitida após lesão corporal ser constatada em aluno agredido durante dinâmica em aula. Menino de 11 anos é agredido por colegas na sala de aula por não saber falar meme na hora da chamada
Um exame de corpo de delito feito no Instituto Médico Legal (IML) constatou a agressão na cabeça do estudante de 11 anos agredido pelos colegas de sala de aula em um colégio de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que teria acontecido por influência de uma professora.
De acordo com o documento, o menino sofreu uma pequena “tumefação traumática na região parietal bilateral”, também conhecido como trauma de crânio. A educadora, que acabou sendo demitida, foi intimada à prestar depoimento na 64ª DP (São João de Meriti) nos próximos dias.
“Ele (o estudante) relata que cerca de 15 alunos desferiram esse cascudo em sua cabeça, o que acabou causando uma lesão. A criança veio a delegacia com seu responsável e a encaminhamos ao IML para o corpo de delito. O exame foi feito e consta no laudo que ele sofreu uma pequena tumefação traumática na região parietal bilateral. Ou seja, trouxe a materialidade para o fato”, informou o delegado Bruno Enrique de Abreu Menezes, titular da 64ª DP.
“Intimamos a direção da escola e a professora para entendermos a dinâmica. Sendo confirmada (a agressão), a professora, por ser agente garantidora, vai ter uma responsabilidade penal”, disse o delegado.
No começo da tarde desta quinta-feira (27), a Secretaria Municipal de Educação informou que “rescindiu, assim que soube do ocorrido, o contrato da professora”. Segundo da Prefeitura da cidade, ela trabalhava há um mês na unidade. A pasta também informou que “abriu uma sindicância para apurar todos os fatos e continuar tomando as medidas cabíveis para que isso nunca mais se repita”.
O caso
A educadora propôs que os alunos dessem cascudos em quem não soubesse responder, na hora da chamada, falando algum meme. O caso aconteceu na Escola Municipal Professora Graça Grijó.
Pedro Henrique, aluno do 6º ano, ficou com vários galos na cabeça. “A professora foi marcar presença e falou que era ‘meme’, ‘mico’, ou ‘moca’. Se não acertasse o meme ao tomar mocão. Quando os alunos erraram, todos tomaram mocão. Aí, chegou na minha vez, eu não soube o meme api eu tomei mocão”, contou o menino.
Como não soube citar nenhum meme, Pedro levou cascudo de cerca de 19 colegas. Outras crianças também foram agredidas e o pai do Pedro Henrique registrou o caso na 64ª DP (São João de Meriti).
Cláudio Lins, pai do menino, contou que as crianças têm a mesma média de idade, mas que alguns alunos são muito maiores que o Pedro e, claro, muitos deles não têm nem noção de força e acabaram machucando o menino.
“Eu passei a mão na cabeça do meu filho e ele estava com a cabeça toda lesionada. Eu entreguei meu filho para essa instituição de ensino saudável e entregaram meu filho cheio de galos na cabeça. Meu filho está sem dormir direito há três dias”, afirmou Cláudio.
Recentemente, brincadeiras da hora da chamada em sala de aula viralizaram nas redes sociais. Os professores criam diferentes formas de confirmar a presença dos alunos. Alguns dizem, por exemplo, que a chamada vai ser sobre filmes. No lugar de falar “presente” quando é chamado, o aluno diz o nome de um filme que gosta. Isso vale pra séries de TV, jogadores de futebol, e outros assuntos, mas sem violência.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.