CPI dos Atos Antidemocráticos identifica PIX feitos por subordinados e empresa para coronel da PM preso após ataques terroristas

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Comissão enviou ofício à Corregedoria da PM e à Polícia Civil para que transferências para Jorge Eduardo Naime sejam investigadas. G1 tenta contato com defesa do militar. Coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime, na CPI dos Atos Antidemocráticos
TV Câmara Distrital/Reprodução
A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) identificou transferências via PIX feitas por subordinados e por uma empresa de segurança ao coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime. O militar, que está preso, chefiava o departamento operacional da corporação em 8 de janeiro, durante ataques terroristas aos três poderes.
A informação, divulgada pelo portal Metrópoles, foi obtida por meio da quebra do sigilo bancário do coronel. Os dados foram confirmados ao g1 pelo presidente da CPI, o deputado Chico Vigilante (PT). De acordo com o parlamentar, o coronel recebeu dinheiro de, pelo menos, três subordinados do departamento operacional e de uma empresa de segurança.
Os detalhes da quebra de sigilo, segundo o distrital, não podem ser divulgados. De acordo com ele, um ofício foi encaminhado à Corregedoria da Polícia Militar e à Polícia Civil para que as corporações investiguem o motivo das transferências.
O g1 questionou a PM e a Polícia Civil sobre o andamento das apurações, mas não obteve retorno até a última atualização desta publicação. A reportagem tenta contato com a defesa do coronel.
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Depoimento
Jorge Eduardo Naime foi ouvido pelos parlamentares no dia 16 de março. Em depoimento, o militar que chefiava o Departamento Operacional da corporação durante os ataques terroristas disse que o Exército dificultou a prisão dos bolsonaristas radicais.
O coronel afirmou aos deputados distritais que estava de licença no dia dos ataques, mas que foi convocado para participar da remoção dos golpistas da Esplanada dos Ministérios. No entanto, de acordo com ele, militares do Exército dificultaram a ação da PM e chegaram a tentar impedir a corporação de entrar nos prédios invadidos.
Naime afirmou também que, após a contenção dos terroristas, ele seguiu para o acampamento em frente ao Quartel General, mas que foi impedido pelos militares do Exército de prender os suspeitos.
O coronel está preso desde o dia 7 de fevereiro, após ser alvo da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que investiga a omissão de militares no enfrentamento aos vândalos e a suspeita de colaboração com os atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios.
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