Broadway em SP: espetáculo conta história de Bonnie e Clyde em formato de musical


Espetáculo traz carro idêntico ao usado pelo casal. Veículo foi restaurado e é réplica exclusiva, recriada especialmente para o musical, que se apresenta pela primeira vez na América Latina. Bonnie & Clyde – O Casal Mais Procurado da Broadway está em cartaz em São Paulo
Divulgação
Quem aí nunca ouviu falar em amor bandido? Mas, neste caso, é literalmente isso! O casal Bonnie e Clyde ficou conhecido por aterrorizar os Estados Unidos na década de 30. A história verídica do universo gângster serviu de inspiração para o espetáculo “Bonnie & Clyde – O Casal Mais Procurado da Broadway”, que está em cartaz na cidade de São Paulo.
“É um espetáculo que é muito tenso. Ele tem uma atenção natural, devido aos crimes. É tiro, porrada e bomba, como a gente brinca, mas ao mesmo tempo tem um amor tão gostoso, tem um equilíbrio”, afirma o ator Beto Sargentelli, que interpreta Clyde.
Antes de virar peça teatral, essa história rendeu um filme em 1967. Em 2011, o musical chegou à Broadway e agora estreia na América Latina. O que dá sentido ao roteiro, em diferentes épocas e lugares do mundo, são os elementos que humanizam as personagens: fome, pobreza, ambição e dilemas morais.
“Muitas pessoas falam: ‘A gente torcer por eles’. Aí, nós pensamos: ‘Meu Deus estão torcendo por pessoas que, de alguma maneira, fizeram mal, foram criminosos, sanguinários e tal’. Mas, é porque você vê o lado humano desses personagens. Eu acho que essa peça fala muito sobre o outro lado. O porquê. Por que começou? Por que as pessoas se corrompem de alguma maneira?”, reforça a atriz Eline Porto, que dá vida a Bonnie nos palcos.
O espetáculo traz um carro idêntico àquele que foi usado pelo casal. O veículo foi restaurado e é uma réplica exclusiva, recriada especialmente para o espetáculo. Quem chega ao teatro já encontra parte da ambientação do lado de fora, tira fotos e posta nas redes sociais. O cenário que extravasa os limites do palco tem tudo a ver com a proposta do teatro imersivo.
“A gente está muito próximo do público. A gente está passando do lado. O público precisa se movimentar para acompanhar essa história. Ele não está só sentado olhando para frente. Ele tem que olhar para um lado, olhar para o outro. De repente tem alguma coisa próxima dele, uma outra ação já está acontecendo lá do outro lado. Tem um movimento que faz com que o público quase que participe do espetáculo”, garante o ator Cláudio Lins, que faz o papel de Buck Barrow, irmão de Clyde.
E nessa linha tênue entre o romance e o submundo fora da lei, Bonnie, Clyde e companhia trazem à luz uma conclusão inevitável: o crime só compensa sob a condição de uma arte bem feita que nem de longe quer ser imitada pela vida.
“Eu acho que o bangue-bangue tem uma coisa de criança, de infância. Na fantasia, no teatro, na mentira, essa adrenalina do crime, do polícia e ladrão, enquanto brincadeira, enquanto fantasia, enquanto ficção, ela é muito sedutora. Por isso no teatro você pode quase tudo: porque não é verdade”, finaliza Lins.
Serviço
Onde: Teatro Santander, na Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi, Zona Sul
Quando: até 14 de maio, sextas às 20h, sábados às 15h30 e 20h, e domingo às 15h30 e 20h
Quanto: de R$ 37,50 a R$ 250
Mais informações: https://www.teatrosantander.com.br/

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