Idoso de 83 anos está desaparecido há quatro dias e família se desespera: ‘Não sabemos mais o que fazer’


Parentes pedem ajuda das autoridades para encontrá-lo. No Tocantins, 562 foram dadas como desaparecidas os últimos dois anos. Idoso está desaparecido há quatro dias e família tenta encontrá-lo
Desde o último sábado (22) um idoso de 83 anos com diversos problemas de saúde, entre eles Alzheimer, está desaparecido. Casada com o senhor Mateus há 50 anos, a aposentada Maria de Lurdes da Silva se desespera de preocupação por não saber onde o marido está. A família mora em Luzimangues, distrito de Porto Nacional.
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“Não gosto de pensar nessa situação de jeito nenhum. Em pensar que ele pode ter morrido e a gente não poder fazer o velório dele”, disse aos prantos a aposentada.
O vendedor Carlos Augusto Miranda, filho do idoso desaparecido, contou que a família já fez de tudo, mas não conseguiram encontrar o pai. Por causa do Alzheimer, Mateus não lembra o próprio nome e também não consegue falar.
Seu Mateus desapareceu sábado (22) em Luzimangues
Divulgação
“Nós não sabemos mais o que fazer aqui. Direto os meninos chegam e vão procurar ele. A gente sai procurando no mesmo local porque aqui a gente não acha mais local para procurar. É só esperar notícias dele, alguém ligar, mandar mensagem que viu ele em algum lugar. Só que até então, nada”, lamentou o filho.
A família disse que pediu ajuda dos bombeiros e da polícia, mas até o momento não receberam apoio. “Eles não falam que vai ajudar. A questão é só divulgação de fotos. Ajuda, mas nós queremos achar ele”, completou Carlos.
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Estatística
O caso do idoso entrou para a alta estatística de desaparecimentos no Tocantins. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), nos últimos dois anos 562 foram dadas como desaparecidas.
Nesse mesmo período de tempo, 100 corpos foram encontrados e estão à espera de identificação nas unidades do Instituto Médico Legal do Tocantins (IML).
“A família pode nos ajudar vindo até os pontos de coleta para doação da sua amostra biológica. Pode também trazer algum objeto de uso pessoal daquela pessoa desaparecida, uma escova de dente, um pente, um boné, um vestuário. Isso nos auxiliará bastante para a localização dessa pessoa”, explicou Marciley Alves, responsável por fazer a identificação genética.
O Governo do Estado está em fase final de adesão à um programa nacional onde todas as informações genéticas desses corpos encontrados vão ser lançadas para facilitar a possível identificação.
“Quando localizamos uma pessoa viva ou falecida, nós entramos em contato com a delegacia ou o IML que estiver responsável por aquele caso, e assim eles entram em contato com os familiares”, completou Marciley.
Uma cartilha sobre a conduta correta em casos de desaparecimentos foi lançada pelo Ministério Público Estadual (MPE). O documento, elaborado nos últimos dois anos em parceria com a Secretaria da Cidadania e Justiça, Polícia Militar e também Corpo de Bombeiros, também tem o objetivo de informar a população.
Cartilha com informações sobre como agir em caso de desaparecimento foi lançada pelo MPE
Marcelo de Deus/Ascom MPE
Entre as informações, a cartilha derruba o mito de que é preciso esperar 24 horas para registrar um desaparecimento. A promotora ainda orienta que o quanto antes a família procurar por ajuda mais rápido a pessoa querida pode ser encontrada.
“Unidades de saúde, IML, delegacias de polícia, promotorias de justiça do interior. Toda esta rede está pronta para trabalhar de acordo com esse fluxo pré-estabelecido”, informou a promotora Isabelle Figueiredo. Para ter acesso à cartilha, basta entrar no site do próprio MPE.
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