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Empresa de SC é investigada por crime ambiental em várias cidades brasileiras

A Servioeste, empresa fundada em 1999 em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e que atua na coleta, tratamento e destinação de resíduos, enfrenta uma série de denúncias de crime ambiental em diferentes cidades brasileiras onde atua.

Após denúncia anônima, Polícia Civil apura se funcionários da Servioeste fizeram descarte irregular de resíduo hospitalar em aterro sanitário de Maringá, no Paraná – Foto: Divulgação/ND

Dentre as denúncias recentes estão casos em Maringá (PR) e Campos dos Goytacazes (RJ). A empresa também opera em cidades de Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Investigação de crime ambiental

No caso de Maringá, após denúncia anônima, a Polícia Civil constatou que funcionários da Servioeste fariam o descarte irregular de resíduos no aterro sanitário da cidade e impediu o crime. A direção da Servioeste nega as irregularidades.

Delegado que lidou com ocaso em Maringá, Luiz Alves recebeu a denúncia indicando o despejo irregular de resíduo hospitalar. Diante disso, iniciou o monitoramento e, num determinado dia, constatou que uma carga sem o devido tratamento estava prestes a ser arremessada no aterro.

“O lixo hospitalar daquela espécie deveria passar por autoclave, máquina que faz um pré-aquecimento para matar os germes”, contextualiza o delegado. “O lixo estava sendo destinado in natura. Comprovamos, autuamos uma pessoa em flagrante pelo crime de poluição e a investigação segue”, diz Alves.

Ainda conforme o delegado, após visita à empresa, foi constatado que havia mais remessas de lixo não tratado acondicionadas em caçambas para serem levadas ao aterro.

A investigação ainda vai traçar as responsabilidades, por exemplo, descobrir até onde os proprietários da empresa sabiam das irregularidades e se os responsáveis pelo aterro fizeram ‘vista grossa’. “Também precisamos da perícia para saber o nível da contaminação do dano ambiental”, afirma o delegado.

Servioeste é investigada por crime ambiental – Foto: Wanderley dos Santos Lindoso/Reprodução/ND

Ele lembrou que o crime ambiental pode gerar responsabilidades na área cível e administrativa, levar à cassação do alvará e da licença ambiental da empresa no município. O delegado comunicou o órgão ambiental do Estado e do município, além do Ministério Público. Momentaneamente, a empresa segue operando.

Outras denúncias

As denúncias em outras cidades também foram consideradas. “Leva a crer que há uma certa insistência na atividade de degradação ambiental, o que é negativo para essa empresa. Traz indícios da atitude de irresponsabilidade ambiental de longo tempo”, salienta Alves.

No município fluminense de Campos dos Goytacazes, a Vigilância Sanitária interditou a Servioeste no fim do mês passado, após encontrar condições precárias de armazenamento e manipulação de resíduos biológicos. Segundo os fiscais, o local estava sujo, com materiais no chão, inclusive contaminantes e moscas.

Diretor diz que companhia não fez nada errado

Diretor da Servioeste, Doacyr Balbinot nega as acusações. Segundo ele, as denúncias foram plantadas para macular a imagem da empresa. “Temos 25 anos, somos uma empresa familiar, nunca fizemos nada errado e não criamos problema na vida de ninguém, procuramos fazer o bem”, declara Balbinot.

“Tivemos perícias, fizemos laudo técnico do que foi falado em Maringá e nada foi comprovado, tudo denúncia plantada. Não somos muito de nos defender, somos de trabalhar”, completa.

Balbinot disse que a empresa vai comprovar que não fez nada errado. Atualmente, a Servioeste tem 17 unidades e atende 25 mil clientes. “Com essa quantidade, algo pode escapar. São funcionários, motoristas, caminhões, mas a nossa família não faz nada errado. Se descobrir, eu mesmo serei o pior fiscal.

A determinação é essa: se pegar gerente fazendo coisa errada, que prenda e leve para a cadeia”, frisa Balbinot. Ele informa, também, que o gerente da unidade Maringá e a equipe da linha de frente foi afastada, até que fosse concluída a investigação, mas sustenta que nada foi constatado.

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