Indígenas de 4 aldeias conhecem projetos de saneamento da Embrapa em São Carlos


Tecnologias de tratamento de esgoto podem ser usadas em comunidades da terra indígena de Araribá. Indígenas conhecem sistema de saneamento básico desenvolvido pela Embrapa em São Carlos
Cerca de 25 indígenas de quatro aldeias das etnias terena, tupi-guarani e kaigang de Avaí (SP) visitaram São Carlos, nesta quarta-feira (12), para conhecer sistemas de saneamento básico desenvolvidos pela Embrapa Instrumentação.
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O grupo da terra indígena de Araribá foi recebido pelo produtor rural Flávio Marchesin e pelo pesquisador Wilson Tadeu Lopes da Silva, responsável pelo conjunto de tecnologias de saneamento básico rural da Embrapa Instrumentação, composto pela fossa séptica biodigestora, jardim filtrante e clorador Embrapa.
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“As tecnologias de saneamento básico rural podem ser aplicadas aos povos originários e comunidades tradicionais, desde que sejam respeitadas as caraterísticas técnicas, bem como as tradições culturais das populações atendidas. A visita nos permitirá maior aproximação com essas comunidades, com uma troca saudável de informações e possíveis desdobramentos”, disse o pesquisador.
O pesquisador da Embrapa Instrumentação Wilson Tadeu Lopes da Silva, em São Carlos
Reprodução/EPTV
“Apresentamos o conceito de saneamento básico rural. Falamos das tecnologias feitas no sítio São João e apresentamos as questões da saúde pública e os aspectos da gestão pós-instalação. O trabalho é apresentar a importância do tema e como eles podem atuar em cima disso”, afirmou Silva.
Os indígenas vão conhecer o sítio São João e conhecer as tecnologias para tratamento de esgoto doméstico.
“Tudo vai ser discutido e detalhado após a visita para uma conversa sobre ações que podem ser tomadas no sentido de projetos e de financiamento”, disse o pesquisador.
Saneamento em aldeias
Indígenas visitaram São Carlos para conhecer projetos de saneamento da Embrapa Instrumentação
Reprodução/EPTV
O cacique Chicão Terena falou sobre a importância do projeto, principalmente com relação à solução de problemas como a contaminação do solo.
“Para nós é um trabalho inédito da Embrapa que pode desenvolver com nossas comunidades da terra indígena de Araribá. São 700 indígenas e temos problemas na área de saneamento que precisamos solucionar, principalmente na questão ambiental. A gente comunicou os órgãos públicos para buscar uma alternativa para solucionar”, disse.
A visita foi intermediada pela engenheira florestal da Fundação Florestal, Cláudia Reis, que é gestora da área de proteção ambiental (Apa) do Rio Batalha.
A terra indígena Araribá, que tem 1.930 hectares, está inserida em uma unidade de proteção estadual, da categoria de uso sustentável. A Apa foi criada na bacia hidrográfica com o objetivo de proteger e recuperar os recursos hídricos deste manancial.
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