Homem que estuprou enteada de 9 anos é condenado em SC; vítima pediu socorro na casa de prima

O padrasto foi condenado 37 anos e seis meses de prisão por estuprar a enteada de nove anos de idade no Meio-Oeste de Santa Catarina. O crime ocorreu entre janeiro e outubro de 2020 e foi descoberto após a menina buscar ajuda na casa de uma prima.

Enteada foi estuprada pelo próprio padrasto – Foto: Reprodução/Freepik

Enteada buscou ajuda

Era o primeiro ano da pandemia de covid-19 e a enteada não podia pedir ajuda aos professores, como acontece em muitos casos, pois as aulas presenciais estavam suspensas.

Então, em um domingo, ela fugiu a pé para a casa de uma prima, em um bairro distante, e contou o que vinha sofrendo. No mesmo dia, a Polícia Militar e a conselheira tutelar de plantão foram conversar com a mãe da vítima.

O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) explica que a guarnição encontrou um lar desestruturado, com outras crianças vivendo sob total ausência de carinho e afeto.

Abusador fugiu

Ainda, o abusador fugiu antes da chegada da polícia, mas posteriormente foi denunciado pela Promotoria de Justiça criminal da comarca e na semana passada foi condenado. Ele poderá recorrer em liberdade até que a sentença seja concluída.

A Promotora de Justiça Andréia Tonin espera que um eventual recurso seja negado e o réu cumpra a pena em regime fechado. “Esse crime atinge de forma devastadora a vida da vítima, comprometendo seu desenvolvimento físico, emocional e psicológico, muitas vezes de maneira irreversível”, aponta.

Denuncie

Denunciar o crime de estupro de vulnerável às autoridades competentes é um ato de coragem que pode salvar vidas e evitar que o sofrimento de uma vítima continue ou se repita.

Se você foi vítima ou conhece alguém que está sendo abusado, saiba que é fundamental procurar ajuda e denunciar o responsável. O silêncio só favorece o abusador e perpetua o ciclo de violência.

Crianças e adolescentes são especialmente vulneráveis a esse tipo de crime, que causa danos profundos e duradouros. Muitas vezes, elas não têm condições de se defender ou pedir ajuda sozinhas.

Por isso, é essencial que pessoas próximas, familiares, amigos, vizinhos e até profissionais que lidam com essas crianças estejam atentos a sinais de abuso, como mudanças de comportamento, medo excessivo, tristeza ou isolamento. O olhar atento de um adulto pode fazer toda a diferença.

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