VÍDEO: ‘Caçadores’ voam dentro do olho do furacão Milton para coletar dados


Fenômeno, que subiu da categoria 2 para 5 em poucas horas, deve tocar o solo na Flórida na quarta (9). Informações obtidas por pesquisadores ajudam no planejamento para desastres. Pesquisadores voam no olho do furacão Milton, de categoria 5
Pesquisadores conhecidos como “caçadores de furacões” voaram nesta segunda-feira (7) dentro do olho do furacão Milton, que deve tocar no solo da Flórida, nos Estados Unidos, na quarta-feira (9). Em poucas horas, no sul do Golfo do México, o fenômeno subiu da categoria 2 para a 5 — a mais alta da escala. Assista ao vídeo acima.
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Os “caçadores”, que fazem parte da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em ingês), uma agência do governo dos EUA responsável por monitorar o clima. Segundo a Reuters, eles utilizaram uma aeronave apelidada de “Miss Piggy”, originalmente projetada para caçar submarinos durante a Guerra Fria.
Os dados coletados pelos pesquisadores ajudam a compreender melhor as tempestades marítimas e também a fazer o planejamento para desastres para lidar com as circunstâncias à medida que se aproximam da terra, informou a agência.
Moradores da Flórida já se preparam para a chegada do Milton, que teve um crescimento em velocidade recorde para época e deve gerar a maior evacuação de moradores dos últimos oito anos nos Estados Unidos.
Caçadores’ voam dentro do olho do furacão Milton para coletar dados
Reuters/Reprodução
O fenômeno se formou no fim de semana no Caribe e se aproxima do México e da Flórida, nos EUA. Segundo meteorologistas de Miami, o furacão agora está a cerca de 1.130 km a sudoeste de Tampa, com ventos de até 280 km/h.
O salto de categorias em um período tão curto é extremamente raro e assustou os meteorologistas, que previam inicialmente que o fenômeno chegasse à categoria 3, já considerada forte. E chegará à Flórida pouco mais de uma semana de o estado ser parcialmente devastado por um dos furacões mais mortais dos últimos anos, o Helene.
Moradores de Kissimmee, na Flórida, enchem sacos de areia para proteção contra a tempestade Milton, que virou furacão
Gregg Newton/AFP
Furacão Helene
Após passar por cinco estados norte-americanos, o Helene deixou um saldo de 230 mortos e um rastro de destruição.
O furacão Milton deve atingir a Flórida na quarta, segundo as previsões inciais do Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, na sigla em inglês). De acordo com o órgão, chegará pela baía de Tampa e avançará para Orlando. Antes, o fenômeno deve passar pela península de Yucatán, no México.
Por conta do rápido crescimento do Milton, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou nesta segunda estado de emergência em toda a Flórida.
Apesar do curto período entre um furacão e outro, o chefe da Agência Federal para a Gestão de Emergências, Deanne Criswell, disse que as autoridades federais estão “absolutamente preparadas” para enfrentar a nova tempestade.
O governador da Flórida, Ron DeSantis, aumentou para 51 o número de condados em estado de emergência.
O Helene atingiu a costa da Flórida como furacão de categoria 4 em 26 de setembro, e deixou um rastro de destruição terra adentro até as montanhas dos Apalaches, com chuvas torrenciais e inundações repentinas em cidades remotas de estados como a Carolina do Norte.
A tempestade deixou mais de 220 mortos, transformando-a no segundo desastre natural mais mortal registrado no país desde o furacão Katrina, em 2005.
Notícias falsas atrapalham resgate
Imagens de drone mostram estragos deixados pelo furacão Helene em Horseshoe Beach, Flórida
Nesta segunda, equipes de buscas continuavam trabalhando para buscar sobreviventes da passagem do Helene e levar eletricidade e água potável para as comunidades montanhosas isoladas pela devastação.
O esforço, no entanto, foi afetado por uma onda de informações falsas e teorias conspiratórias, entre elas a afirmação do candidato presidencial republicano Donald Trump de que sua adversária na disputa à Casa Branca, a vice-presidente democrata Kamala Harris, se apropriou indevidamente dos recursos de ajuda e os redirecionou para os migrantes.
Imagens da destruição causada pelo furacão Helene na Flórida.
AP Photo / Mike Stewart / Stephen Smith / Kathy Kmonicek

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