Conheça o Flagfootball, esporte que vem ganhando praticantes e tem catarinenses na seleção

O FlagFootball, esporte inspirado no futebol americano, vem ganhando adeptos e praticantes cada vez mais. Um exemplo disso, é o crescimento do esporte em Florianópolis, com a equipe feminina do Desterro Atlantis e a masculina do Ghosts.

A reportagem do Grupo ND acompanhou um treino das equipes no Córrego Grande, em Florianópolis onde os atletas se preparam para a disputa de competições estaduais e nacionais.

Atletas das equipes Ghosts e Atlantis durante treino em Florianópolis – Foto: JP Bianchi/ND

Uma das atletas que integra a equipe Desterro Atlantis e também a seleção brasileira de Flagfootball é Gabriel Bankhardt, jornalista, 29 anos e que pratica o esporte há sete anos.

Ela explica a mecânica do jogo e as regras, em meio a uma sessão de treinamentos onde tanto joga, como auxilia as equipes fora dos gramados.

“O Flag é um jogo de conquista de território, então o objetivo do ataque é de avançar com a bola em campo até chegar na ‘endzone’ que é a área de pontuação. Temos quatro tentativas para chegar até a metade do campo e mais quatro tentativas para chegar até o touchdown, que é onde marcamos este ponto”, explica.

Gabriela Bankhardt é um dos detaques da equipe feminina, integrando também a seleção brasileira de FlagFootball – Foto: JP Bianchi/ND

Para a defesa, que tem como principal objetivo parar o ataque da equipe adversária, são duas formas para defender, conforme explica Gabriela.

“São duas formas de defender: retirando as ‘flags’, que são duas por jogador e ficam acopladas na cintura dos atletas, muito similar ao tackle do Futebol Americano, ou roubando a bola, enquanto ela estiver no ar do ataque adversário. São cinco atletas por equipe, essa é a modalidade olímpica” explica.

Prática do Flagfootball e projeção no cenário

Entre as duas equipes são cercas de 25 atletas que compões as equipes masculinas e femininas que tem representado Florianópolis na modalidade.

Com o crescimento do esporte e principalmente por ter se tornado um esporte olímpico, o número de praticantes tem aumentado, conforme relata ainda Gabriela.

“Aqui em Florianópolis a realidade as vezes é um pouco diferente. O aumento na procura se deve mais ao desempenho dos times, então hoje o Floripa Ghosts é o atual campeão nacional e o Desterro Atlantis é o segundo melhor time do Brasil. Quando ampliamos o recorte para o cenário nacional vemos que a procura tem aumentado sim, principalmente por ter se tornado um esporte olímpico e pela NFL estar visando o nosso país” relata Gabriela.

DE um lado, a equipe masculina, Ghosts. De outro, a feminina, Desterro Atlantis. Dois cases de sucesso no Flagfootball nacional – Foto: JP Bianchi/ND

Com o destaque nas competições estaduais e nacionais, Gabriela foi convocada pela seleção brasileira de Flag, onde representa o Brasil pelo mundo.

“Pratico o flag desde 2017, mas na seleção brasileira fui convocada pela primeira vez em 2018. Participo de alguns treinamentos com eles e fui passando nas peneiras até ser convocada para o primeiro mundial no Panamá, mas a seleção disputa mundiais desde 2012. Pra mim é muito gratificante fazer parte da seleção, desde que eu comecei a treinar nunca mais parei e é algo que sempre almejei”, relata a atleta.

Dentre as conquistas e campanhas não só com a seleção brasileira, mas também com o Desterro Atlantis, Gabriela destaca as campanhas no mundial onde representou o Brasil.

“Em 2018 o Brasil ficou em 6º lugar no mundial e agora na Finlândia nesse que eu disputei ficamos em 13º. A melhor campanha do Brasil foi em 2021 quando ficamos em 4º lugar no mundial. Infelizmente nessa melhor campanha eu não pude participar em função de uma lesão. Aqui em Santa Catarina eu já fui eleita MVP três vezes das nossas competições catarinenses e o nosso time feminino é tricampeão do regional e em 2022 fomos o quarto melhor time do país” completa.

Gabriela instrui os jogadores do Ghosts sobre as próximas jogadas em campo – Foto: JP Bianchi/ND

Caso de sucesso também no Ghosts

Matheus Silva Duarte de Oliveira, de 29 anos, também conhecido como ‘Viza’ é um caso de sucesso no esporte quando o assunto é a equipe masculina do Ghosts e a seleção brasileira.

Praticante do esporte há cerca de dois anos, Matheus relata que seu crescimento na categoria foi rápido, chegando a seleção de forma repentina.

“Comecei por influência da minha esposa que joga no Atlantis e sempre me convidava para assistir os treinos. Eles me convidaram para jogar porque sabiam que eu era rápido e acabou que deu muito certo, em dois três meses eu acabei indo para o primeiro campeonato e fui eleito o MVP de defesa”, relata ‘Viza’.

‘Viza’ durante treino do Floripa Ghosts – Foto: JP Bianchi/ND

Com ascensão rápida, Viza relata que logo foi convocado para a seleção brasileira de FlagFootball, o que representa muito para ele.

“Ir para a seleção brasileira é um processo bem difícil, onde você manda seus highligts (melhores momentos) e eles analisam, te convocando para os jogos. Na primeira seleção eu não passei, mas ai teve a lesão de um dos Blitzers e eu fui como suplente e desde então não saí mais da seleção”, completa.

As duas equipes seguem com os treinamentos para competições regionais e nacionais, onde os resultados tem sido cada vez mais expressivos em consonância com o crescimento do esporte, que agora é olímpico.

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