Mesmo fora do segundo turno, Marçal e seus métodos põem em alerta classe política e Judiciário

Um dos pontos críticos observados nas eleições de 2024 envolve o candidato derrotado à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) e o impacto de sua campanha, apesar de ter ficado fora do segundo turno.
De acordo com integrantes das campanhas de Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), o momento decisivo que poderia ter levado Marçal ao segundo turno foi um movimento de última hora, comparado ao episódio da deputada Carla Zambelli (PL-SP) correndo armada pelas ruas de São Paulo durante as eleições anteriores.
Esse momento específico de Mar alfoi marcado pela circulação de uma fake news, através de um laudo falso, que alegava envolvimento de Boulos com consumo de drogas. A natureza grotesca e sem escrúpulos desse ataque gerou uma forte reação e mobilização não só de apoiadores de Boulos, mas de vários candidatos que viram na estratégia de Marçal um ataque direto à democracia.
O fato de ele ter alcançado 28% dos votos acendeu um alerta na classe política e no Judiciário. A alta votação, considerando as características da campanha, levanta questões sobre a influência de fake news no processo eleitoral e a falta de controle sobre influenciadores digitais que, sem escrúpulos, manipulam informações para atacar adversários.
O resultado aciona a necessidade de a política criar mecanismos mais eficazes para evitar que o pleito se torne desigual, especialmente antes do início oficial do período eleitoral.
O Judiciário, e mais especificamente a Justiça Eleitoral, também precisa desenvolver novas resoluções que coíbam a propagação de informações falsas e o uso de influenciadores sem controle durante as campanhas.
Nos bastidores, integrantes da Justiça Eleitoral já veem a situação jurídica de Marçal como extremamente delicada, e seu caso deve ser avaliado com cuidado para evitar que episódios semelhantes voltem a se repetir em futuras eleições.
Independentemente disso, a necessidade de regulamentar o uso de informações e influenciadores durante campanhas políticas está no centro do debate, para garantir que a democracia seja preservada.

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