Prisões, mortes e visita de governadores: operação completa 20 dias de procura por bando que atacou cidade em MT e fugiu para o TO


Forças de segurança de cinco estados ainda estão na região oeste do Tocantins em busca de suspeitos. Operação deve seguir até que todos sejam localizados, segundo governantes. Policiais durante a Operação Canguçu
PMTO/Divulgação
Desde o dia 10 de abril, uma força tarefa montada por policiais civis e militares está em busca de um grupo criminoso que fez ataques à cidade de Confresa (MT) e fugiu para o Tocantins. Após 20 dias, a chamada Operação Canguçu tem um balanço de oito mortes e duas prisões de criminosos. Na sexta-feira (28), governadores visitaram os locais onde se concentram as buscas.
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Os confrontos aconteceram na zina rural de Pium, Marianópolis, Araguacema e região. Policiais dos estados de Mato Grosso, Goiás, Pará e Minas Gerais se juntaram para ajudar nas buscas. As investigações são conduzidas pelas equipes de Mato Grosso, onde tudo começou, no dia 9 de abril.
Pelo menos 20 suspeitos invadiram uma empresa de transporte de valores e uma base da Polícia Militar de Confresa. Eles também andaram pela cidade e assustaram a população ao exibir armas e dar tiros.
Depois do ataque, eles teriam chegado ao Tocantins por meio dos rios Javaés e Araguaia. Embarcações e motores foram localizados durante a operação, inclusive com pertences dos suspeitos. Inclusive, eles teriam tentado afundar canoas para despistar a polícia.
Mortes e prisões
Nos 20 dias de operação, oito suspeitos foram mortos durante troca de tiros em diferentes dias. Confira:
10 de abril – uma morte
11 de abril – prisão de Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos (preso ao fazer o funcionário de uma fazenda refém)
12 de abril – morte de Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos
18 de abril – quatro mortes
21 de abril – prisão de um homem de 40 anos, quando tentava sair da área de cerco em um ônibus
22 de abril – morte do sétimo suspeito, na zona rural de Pium.
27 de abril – oitavo suspeito foi localizado e baleado em confronto. Ele chegou a ser socorrido mas morreu no Hospital de Marianópolis.
Força-tarefa durante buscas por assaltantes no Tocantins
PM/Divulgação
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Visita de governadores
Na sexta-feira (28), o governador do Tocantins Wanderlei Barbosa (Republicanos), esteve na região onde aconteceram os confrontos com Mauro Mendes (União) e Ronaldo Caiado (União), de Mato Grosso e Goiás.
“O que aconteceu lá em Confresa (MT) foi um absurdo, então não vamos deixar que esse sentimento prevaleça nos nossos estados. Nosso objetivo aqui é caçar até encontrar o último desses bandidos para que possa capturá-los. O nosso objetivo é prender”, ressaltou Wanderlei Barbosa.
Governador Wanderlei Barbosa, recebe governadores do MT e GO em base da Operação Canguçu
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
Força-tarefa e apreensões
Forças de segurança do Tocantins, Pará, Goiás, Mato Grosso e Goiás formam equipes com 350 policiais. Desde o início das buscas, além das prisões e mortes, armamento pesado, entre fuzis e equipamentos usado por forças especializadas foram apreendidos.
Entre os materiais estão dois fuzis de calibre .50, um fuzil calibre 762, munições de calibres 556, 762 e .50, granadas além de outros materiais que estavam em poder do bando.
Fuzil .50 foi deixado por criminosos durante fuga, na Ilha do Bananal
Divulgação
Por decisão da Vara Criminal da Comarca de Cristalândia, todo o armamento foi àss autoridades de Mato Grosso, que estão investiguem o grupo criminoso. As armas foram periciadas pela Polícia Científica do estado vizinho.
Acidente com viatura
No dia 21 de abril, uma viatura que fazia policiamento pela Operação Canguçu capotou na zona rural de Pium e deixou quatro policiais feridos. Com maior gravidade, o cabo Acioly teve que ser levado para a capital de helicóptero.
Ele ficou internado no Hospital Geral de Palmas de depois transferido para uma unidade particular. O militar teve alta na quarta-feira (26).
Viatura capotou em estrada de chão
PM-TO/Divulgação
Medo e prejuízo
Nos municípios de Pium, Marianópolis e Araguacema tiveram prejuízos na oferta de serviços, principalmente na zona rural. Como a orientação da Operação Canguçu é que se evitem estradas vicinais da região, aulas de escolas, serviços de saúde e até o escoamento de produção foram suspensos.
Nos primeiros dias da operação, como os primeiros embates aconteceram nas proximidades do Centro de Pesquisa Canguçu, da Universidade Federal do Tocantins (UFT), turistas estrangeiros e funcionários precisaram ser retirados às pressas da unidade.
No dia 20, uma equipe de saúde de Pium precisou ser escoltada para socorrer um paciente em estado grave por suspeita de chikungunya. A passagem de veículos nas áreas de conflito está sendo feitas apenas após vistorias e com escolta da polícia. Os veículos precisam esperar até que as viaturas consigam acompanha-los ao destino final.
Ambulância aguardando escolta para busca paciente em assentamento de Pium
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
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