Empresária de Sorocaba entra na Justiça após não conseguir viajar com pacote comprado na Hurb


Paola Mariano, de Sorocaba (SP), comprou uma viagem para Punta Cana em 2021 para viajar em abril deste ano, mas ainda não embarcou. Site de viagens Hurb
Reprodução
Uma empresária de Sorocaba (SP) entrou com um ação na Justiça após não conseguir viajar com um pacote que comprou pela agência de viagens online Hurb, antigo Hotel Urbano. A empresa passa por uma crise sem precedentes.
Nas últimas semanas, alguns hotéis e pousadas suspenderam reservas de hospedagens feitas pela plataforma após atrasos ou falta de pagamentos por parte da Hurb.
Em entrevista ao g1, Paola Mariano disse que ela e a família compraram uma viagem para Punta Cana, em 2021, para viajar em abril deste ano.
“No regulamento do pacote constava que deveríamos escolher três opções de datas para viajar. Escolhi três datas em abril, e eles entrariam em contato comigo em no máximo 45 dias antes da primeira data escolhida por mim, e, caso não houvesse voo ou hospedagem disponível, iriam me dar uma opção de data para viajar”, explica.
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O que aconteceu com ela é que passado o prazo de 45 dias, Paola entrou em contato com o suporte e informaram a ela que não havia “disponibilidade promocional” para viajar nessas datas.
Ela ainda conta que perguntou, então, qual era a opção de data para viajar, mas disseram que não havia nenhuma e que ela devia indicar outras três datas no segundo semestre, pois lá teria a disponibilidade promocional, mas sem garantia nenhuma que viajaria nessas novas datas.
“O problema não é não viajar na data que eu escolhi. O problema é não respeitarem o próprio regulamento, que dizia que na falta das datas que eu escolhi eu receberia uma opção de voo.”
“Em lugar nenhum do voucher dizia que poderiam ir prorrogando minha viagem para sempre, de semestre em semestre, alegando que só vai ter tarifa promocional no próximo, como se fosse possível prever isso. Se fosse previsível não deveriam ter vendido um pacote para uma data sem essa tarifa”, conta.
A empresária disse que hoje em dia quando se entra no site da empresa há um vídeo e um banner falando da necessidade de disponibilidade promocional, mas enfatiza que quando comprou não havia essa condição em lugar nenhum.
“Em todos os contatos com o suporte, Procon, Reclame Aqui, em lugar nenhum me mostraram onde estava essa condição.”
Ação na justiça
Paola ainda diz que entrou com uma ação em que houve a concessão de uma liminar determinando para a empresa de venda que marque a viagem. Porém, não marcaram e nem deram resposta nenhuma. A ação está tramitando e ela diz que se forem condenados e tiverem dinheiro para pagar, será ressarcida.
“Nas tentativas de contato com eles, não deram nenhuma alternativa. Pedi até opções de outros destinos, mesmo que nacionais, ou que eu tivesse que complementar algum valor para poder viajar, mas a resposta é que não havia disponibilidade para viajar para nenhum destino.”
No total, cerca de R$ 7 mil foram investidos nessa viagem de Punta Cana. Para o ano que vem, a família havia comprado outra viagem de R$ 6.500, que também, até agora, não sabem ainda se vão viajar.
Renúncia
Em meio à polêmica de reclamações de clientes nas redes sociais, João Ricardo Mendes, CEO e fundador da Hurb, renunciou ao cargo nesta segunda-feira (24). O anúncio foi feito após a divulgação de vídeos do empresário ameaçando e expondo dados de clientes.
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