EUA pedem extradição de homem acusado de ser espião russo e que se passava por brasileiro

Sergey Cherkasov, que está preso no Brasil, é apontado pelo FBI como um agente disfarçado de inteligência do governo da Rússia. Ele foi detido na Holanda quando tentava entrar com passaporte brasileiro falso. EUA pedem extradição de homem acusado de ser espião russo que se passava por brasileiro
Os Estados Unidos pediram a extradição de um homem acusado de ser espião russo – e que se passava por brasileiro.
O pedido de extradição feito pelo governo dos Estados Unidos já está no Itamaraty. O russo Sergey Cherkasov – que está preso no Brasil – é apontado pelo FBI – a Polícia Federal norte-americana – como um agente disfarçado do governo da Rússia.
Sergey foi detido na Holanda quando tentava entrar no país com passaporte brasileiro falso. Ele usava a identidade de Victor Miller Ferreira e tentava iniciar um estágio no Tribunal Internacional de Haia. Ele foi deportado para o Brasil e condenado a 15 anos de prisão por uso de documentos falsos.
Nas investigações, em Brasília, a Polícia Federal encontrou indícios de que Sergey Cherkasov, de fato, atuava como um espião a serviço do governo da Rússia.
Este ano, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou uma acusação contra ele e afirmou que Cherkasov usava a identidade brasileira para se infiltrar em instituições e obter informações estratégicas sobre países alinhados aos Estados Unidos.
O FBI afirma que Sergey fazia parte de um grupo de elite da espionagem russa. Ainda em 2022, o governo da Rússia também fez um pedido de extradição de Cherkasov. Na ocasião, afirmou que ele era um traficante de drogas procurado há quase dez anos. No processo, ele concordou em ser enviado para a Rússia, mesmo podendo cumprir uma pena maior lá do que no Brasil. Esse pedido da Rússia está no Supremo Tribunal Federal.
O espião russo está preso na Penitenciária Federal de Brasília. Em março, o ministro Edson Fachin, relator do caso, autorizou a entrega de Sergey Cherkasov à Rússia. Mas só depois que a PF concluir as investigações dos crimes cometidos no Brasil.
Agora, esse novo pedido de extradição – feito pelos Estados Unidos – vai passar pelo Ministério da Justiça e depois deve ser encaminhado ao STF, que pode decidir se entrega o espião à Rússia, aos Estados Unidos, ou se o mantém no Brasil.
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