Torcedor do fluminense baleado em bar no Maracanã deixa hospital


Bruno Tonini foi baleado no dia 1° deste mês e, desde então, está internado no Hospital Badim. Policial penal está preso e responde por um homicídio e outra tentativa de homicídio. Bruno Tonini está internado no Hospital Badim há quase um mês
Rafael Nascimento / g1
O torcedor do Fluminense que foi baleado em um bar depois de um jogo no Maracanã deixou o Hospital Badim, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, no fim da tarde desta quinta-feira (27). Bruno Tonini foi ferido no dia 1° deste mês.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) adiou o depoimento do torcedor tricolor Bruno Tonini Moura, vítima de tentativa de homicídio após um jogo no Maracanã no dia 1° deste mês.
Na manhã desta quarta-feira (26), o promotor Fabio Vieira dos Santos, da 1ª Promotoria de Justiça junto ao 4º Tribunal do Júri da Capital, esteve no Hospital Badim para ouvir Bruno, mas como ele não se sentiu bem, o depoimento precisou ser adiado. A data ainda não foi definida.
Fábio Santoro, diretor-médico do Hospital Badim, informou ao g1 que o torcedor poderá ter alta médica entre quinta e sexta-feira desta semana.
“Houve uma evolução clínica do paciente. Ele vem evoluindo com um padrão clínico batente satisfatório. Ele esteve por um período prolongado internado no CTI e agora está no quarto. Há evolução clínica e bem favorável, e acreditamos que ele possa ter alta até o final da semana”.
O suspeito dos disparos é o policial penal Marcelo de Lima, que estava de folga no dia. Além de Bruno, o cinegrafista Thiago Leonel Fernandes da Motta também foi baleado. Ele morreu na hora.
Segundo o MPRJ, Marcelo disparou nos tricolores pelas costas e ainda atirou nas vítimas já caídas, para se certificar de que morreriam.
“Vim aqui hoje para ele referendar o que já apuramos em relação à motivação desse crime. Acontece que, ao chegar aqui, os familiares me disseram que ele ficou um pouco tenso e receoso, talvez por ter revivido o que aconteceu no dia do crime e preferiu um outro momento quando ele sair do hospital e estiver mais tranquilo”, explicou o promotor.
Promotor Fabio Vieira dos Santos, da 1ª Promotoria de Justiça
Rafael Nascimento / g1
O promotor destacou ainda as atitudes e comentários agressivos do policial penal.
“Algumas atitudes agressivas do acusado e algumas colocações agressivas dele, quando chamam de ‘flamenguistas de ladrões’ e associam flamenguista a petistas, isso incomodou as vítimas que o repreenderam. Depois dessa repreensão, houve uma discussão, que resultou no crime. Isso que foi me passado por algumas testemunhas e hoje vim aqui referendar com a vítima sobrevivente”, disse.
O policial penal foi denunciado por homicídio triplamente qualificado do cinegrafista e pela tentativa de homicídio triplamente qualificado de Bruno.
De acordo com a 1ª Promotoria de Justiça junto ao 4º Tribunal do Júri da Capital, os crimes foram cometidos por motivo torpe, com emprego de meio que resultou em perigo comum — ou seja, colocando em perigo outras pessoas — e sem possibilidade de defesa das vítimas.

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