Polícia acredita que criminosos escondidos no Tocantins após ataque em MT estão tentando fugir pela rodovia TO-080


Cerco para localizar suspeitos já dura 18 dias na região oeste do estado. Novo confronto na manhã desta quinta-feira (27) deixou um integrante da quadrilha morto e outros dois fugiram. Operação Canguçu: Major da PM comenta novo confronto com um suspeito morto
Depois de chegar ao Tocantins por meio de barcos atravessando os rios Javaés e Araguaia, na região oeste do estado, os criminosos que aterrorizaram Confresa (MT) tentam fugir por terra. Eles se aproximam cada vez mais da rodovia TO-080 e segundo a Polícia Militar (PM), essa é uma das rotas que pode estar sendo usadas para escapar do cerco.
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Nesta quinta-feira (27) um novo confronto aconteceu um novo confronto, dessa vez perto de uma fazenda de Marianópolis. Um suspeito foi baleado e chegou a ser socorrido, mas não resistiu. Outros dois fugiram. Em 18 dias de operação, oito criminosos morreram e dois acabaram presos.
“É realmente uma possibilidade muito viável. A TO-080 tem um movimento muito considerável e ela permite essa fuga, se eles conseguirem de fato acessar. O último preso vivo foi encontrado em um ônibus na TO-080, ali nas proximidades de onde aconteceu esse confronto. Então é uma possibilidade real, a gente está reforçando esses bloqueios, reforçando essas vistorias em todos os veículos que passam na região”, explicou o porta-voz da PM, major Marcos Morais.
Os suspeitos estão espalhados em uma grande faixa rural dos municípios de Marianópolis, Pium, Araguacema, Caseara e também na Ilha do Bananal. Uma força-tarefa com mais de 300 policiais de cinco estados continua mobilizada na região.
Policiais continuam na busca por grupo criminoso que aterrorizou Confresa (MT)
Divulgação/Polícia Militar
Sobre as abordagens reforçadas na rodovia, o major explicou que mesmo causando incômodo na população, elas são necessárias para evitar que os criminosos se escondam e consigam escapar de alguma forma.
“Essas pessoas serão abordadas inúmeras vezes. A gente não pode supor que naquela próxima vez não tenha ali um problema, uma questão de facilitação de fuga de alguém. Isso pode acontecer sem a pessoa nem saber, no porta-malas, enfim. Ou alguém alio de refém sendo conduzido que foi pego logo após passar pela blitz no bloqueio. No próximo ele precisa ser abordado novamente”, afirmou, reforçando a orientação de evitar o trânsito nas estradas vicinais à rodovia e região.
A troca de tiros na zona rural de Marianópolis chegou a ser ouvida na cidade e para garantir a segurança da população, o major disse que o policiamento está reforçado na região. “A polícia está muito bem presente na cidade de Marianópolis e estão com todas as saídas e entradas da cidade sendo vistoriadas. Então é importante que a população mantenha a calma, a situação está sob controle”.
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Entenda
Após a tentativa de assalto em Confresa (MT), os criminosos fugiram em embarcações pelos rios Araguaia e Javaés até entrarem em território tocantinense.
Durante a fuga os criminosos também aterrorizaram fazendas no Tocantins e fizeram reféns. O medo passou a fazer parte do cotidiano dos moradores da zona rural, onde os serviços públicos e a locomoção têm sido prejudicados.
Policiais estão fazendo buscas em estradas vicinais da região de Pium
Divulgação/PM
As buscas são feitas com a ajuda de cinco aeronaves enviadas por outros estados, barcos, drone e cães. Moradores da região dão apoio com alimentos, pontos de internet, dormitório e estrutura das fazendas.
Durante a operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.
A Polícia Militar do Tocantins e de Mato Grosso identificaram dois dos integrantes da quadrilha. Eles são Raul Yuri de Jesus Rodrigues, de 28 anos, que morreu em confronto, e Paulo Sérgio Alberto de Lima, de 48 anos, que foi preso após fazer o funcionário de uma fazenda refém.
Os outros mortos e presos ainda não tiveram as identidades divulgadas.
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