Justiça condena dois acusados de matar empresária e amiga dela em Cerquilho


Crime ocorreu em 2017, em Cerquilho (SP), enquanto Ana Pilon passava a noite de Ano Novo na casa da amiga, Maria Lucia Infanti. Ana Cristina Pilon e Maria Lucia Infanti foram encontradas mortas em Cerquilho
Reprodução/Facebook
Mais dois homens acusados de envolvimento no assassinato de duas mulheres, em dezembro de 2017, foram condenados pela Justiça em Cerquilho (SP) por duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio.
As penas, que variam entre 32 a 40 anos de prisão em regime inicial fechado, foram definidas durante um júri popular realizado nesta quarta-feira (26). Em julho de 2021, um terceiro réu já havia sido condenado a 40 anos de prisão.
Conforme o processo judicial, José Milson da Silva e Gilmar Ramos da Silva foram contratados por Danilo Abras para matar a cunhada dele, Ana Cristina Pilon, que passava a noite de Ano Novo na casa de uma amiga.
Cunhado foi acusado de arquitetar morte de Ana Cristina Pilon em Cerquilho
Reprodução/TV TEM
O suspeito teria arquitetado o crime após descobrir que a empresária havia contratado um detetive particular para investigar a vida dele.
De acordo com a Polícia Civil, após a condenação do primeiro réu, Danilo e Gilmar tentaram recorrer a liberdade provisória em todas as instâncias do Judiciário, chegando até mesmo ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas tiveram seus pedidos negados e continuam presos.
“José Milson da Silva é único réu confesso do crime. Mas, segundo fontes da autoridade policial que presidiu a investigação, as provas contra os outros dois réus eram muito fortes”, explicou o delegado Agnaldo Nogueira, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Relembre o crime
Maria Lucia Infanti, de 62 anos, e Ana Cristina Pilon, de 44 anos, foram encontradas mortas com marcas de tiros dentro de uma casa no bairro Nosso Teto, em Cerquilho, na madrugada do dia 28 de dezembro de 2017.
O filho de Maria Lucia, que tinha 26 anos quando o crime ocorreu, também estava no local e foi baleado. Na época, o jovem alegou aos policiais que somente viu quando uma pessoa com o rosto coberto entrou na casa e atirou contra eles.
Marcas de sangue foram encontradas nas paredes da casa em Cerquilho
Reprodução/Facebook
As investigações apontaram que o crime teria sido planejado pelo cunhado de Ana Cristina, Danilo Abras, após descobrir que ela havia contratado um detetive particular para investigá-lo.
A Polícia Civil fez um levantamento sobre a vida do suspeito e constatou que ele havia feito contato com rapazes, que teriam sido contratados para executar a cunhada.
“Ele começou a ter relacionamento com a irmã da Ana e logo ganhou a confiança da família, mas ela começou a questionar atitudes dele, a idoneidade. Então, Ana se tornou um obstáculo para ele, que pretendia tomar dinheiro da família. Por isso, decidiu matá-la. As outras vítimas sofreram a tentativa porque estavam juntos com a Ana no dia da execução”, explicou o delegado.
Todos os suspeitos de participação no crime foram presos em 2018 em Tietê, após a Justiça expedir mandados de prisão temporária. Na casa de dois suspeitos, a polícia encontrou seis espingardas, uma delas de pressão, seis pistolas de vários calibres, quase 30 facas e munição.
Polícia Civil apreendeu armas e munições na casa dos suspeitos de matar amigas em Cerquilho
Divulgação/Polícia Civil
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Homem que mandou matar cunhada após ser ‘investigado’ por detetive particular é preso
Homem que mandou matar cunhada após ser ‘investigado’ por detetive particular é preso
Execução
Segundo Agnaldo, a Polícia Civil fez levantamento sobre a vida do suspeito e constatou que havia feito contato com rapazes, que teriam sido contratados para executar a cunhada.
Dois deles são irmãos e trabalham como comerciantes. O outro suspeito trabalhava como frentista.
“O que motivou o crime é que ele começou a ter relacionamento com a irmã da Ana e logo ganhou a confiança da família, mas ela começou a questionar atitudes dele, a idoneidade. Então, Ana se tornou um obstáculo para ele, que pretendia tomar dinheiro da família. Por isso decidiu matá-la. As outras vitimas sofreram a tentativa porque estavam juntos com a Ana no dia da execução”, explica o delegado.
Nas investigações, os policiais verificaram que o namorado da irmã da vítima não estava no local do crime, mas ele acompanhou os responsáveis pelos disparos, diz o delegado.
“Ele mostrou a casa onde a mulher estava para que não estivesse erro. Ele esteve com os rapazes em Boituva no dia 23 de dezembro para mostrar o local. Além disso, apuramos que ele teve contato também com os suspeitos logo após o crime, então não restou dúvidas que ele tem envolvimento e que foi ele quem mandou”, diz.
Prisão
Após dois meses de investigações foram identificados os autores do crime, sendo mandante DANILO ABRAS, namorado da irmã da vítima ANA CRISTINA PILON, e dois indivíduos contraída por ele para a execução da vítima ANA CRISTINA, sendo eles
JOSE MILSON DA SILVA e
GILMAR RAMOS DA SILVA. T
odos foram presos em 22/02/2018, e foram autuados em flagrante a época por Posse Ilegal de Arma, em poder de Gilmar Ramos da Silva além de várias espirgardas é farta munição foi apreendido o revólver usado no crime.
E também com Jose MILSON também foi apreendida a arma usada no crime conforme laudos de balística elaborados pela Polícia Técnica.
A arma apreendida com Gilmar Ramos da Silva, também foi usada por ele em outro homicídio em Tietê
. Todos foram presos e tiveram a prisão preventiva decretada,

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