PMs que faziam escolta de bicheiro são investigados pela Corregedoria


Os soldados Diego da Silva Temoteo, de 34 anos, e Victor Matheus Costa Faustino, de 29, ambos lotados no 19º BPM (Copacabana), foram abordados por policiais civis na porta da Delegacia de Homicídios da Capital, na Barra da Tijuca, quando faziam a segurança do contraventor confesso Luiz Cabral Waddington. Policiais civis desconfiam de carro na porta da DH e encontram PMs como seguranças de contraventor que denunciou guerra do bicho
A Corregedoria Interna da Polícia Militar abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a conduta dos soldados Diego da Silva Temoteo, de 34 anos, e Victor Matheus Costa Faustino, de 29, ambos lotados no 19º BPM (Copacabana), contratados para fazer a segurança do contraventor confesso Luiz Cabral Waddington.
No último dia 19, os PMs foram abordados por policiais civis da Delegacia de Homicídios da Capital (DH) quando faziam a escolta do bicheiro, que prestava depoimento na especializada. Naquele dia, Temoteo e Faustino estavam armados com pistolas .40 Glock G22 da Polícia Militar.
Ambos estão na corporação desde 2029 e atualmente são lotados na motopatrulha do 19º BPM. O g1 apurou que eles seguem trabalhando.
Guerra do jogo do bicho no RJ: entenda quem é quem na disputa por pontos da contravenção
Após a abordagem dos policiais civis, Temoteo e Faustino foram ouvidos na 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no Méier, Zona Norte do Rio. O advogado do bicheiro, André Bergeralck, afirmou a jornalistas, na porta da delegacia, que contratou uma empresa de segurança para garantir a integridade de seu cliente.
Ao final do inquérito, os dois PMs podem até ser expulsos da corporação.
“Como eles fazem a escolta de um bicheiro confesso? Eles, como PMs, deveriam ter pesquisado sobre quem iriam fazer a escolta”, disse uma fonte da Polícia Militar ao g1.
O contraventor confesso Luiz Cabral Waddington
Reprodução/TV Globo
Luiz Cabral Waddington foi convocado pela polícia para falar sobre as mortes de um policial, um miliciano e um outro homem na Tijuca. Os investigadores queriam saber se os crimes têm relação com a guerra do jogo do bicho no RJ.
A abordagem do veículo suspeito gerou um clima de tensão na porta da delegacia. Nesse momento, os policiais civis apontaram suas armas para o carro. Os dois suspeitos saíram do veículo e precisaram dar explicações.
Segundo o advogado de Luiz Cabral, a presença dos seguranças contratados para escoltar a ida do contraventor à delegacia tinha sido comunicada ao delegado.
“Eu contratei uma empresa para fazer a segurança e o transporte da testemunha e comuniquei à autoridade policial. Quando o carro parou aqui na frente, para testemunhar, foi abordado pela polícia. Foi isso que aconteceu”, disse na ocasião.

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