Suspeito de vazar documentos confidenciais dos EUA tentou obstruir investigações do governo, dizem promotores

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Jack Teixeira deve permanecer detido sem o pagamento de fiança até a data do julgamento. FBI diz ter indícios de que investigado tentou destruir provas físicas. Jack Teixeira em foto postada nas redes sociais
Reprodução/ Facebook
O suspeito de vazar documentos confidenciais dos Estados Unidos tentou obstruir as investigações do governo, afirmaram promotores federais nesta quarta-feira (26). Jack Teixeira está preso desde o dia 13 de abril acusado de compartilhar arquivos ultrassecretos.
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Os promotores afirmaram que Teixeira deve permanecer detido sem o pagamento de fiança até a data do julgamento. A investigação acredita que o suspeito ainda possa ter acesso a informações confidenciais dos Estados Unidos.
Além disso, os promotores afirmaram que o FBI tem evidências de que Teixeira tentou destruir provas físicas, incluindo um computador e um tablet.
A investigação aponta ainda que o suspeito começou a fazer publicações na internet com informações do governo em dezembro de 2022.
Teixeira tem 21 anos e era membro da Guarda Aérea Nacional de Massachusetts. Segundo o FBI, o suspeito compartilhou os arquivos secretos em um grupo online que liderava.
A Defesa dos EUA acredita que o investigado teve acesso aos documentos por atuar na Guarda como especialista de TI, sendo responsável pelas redes de comunicação militares.
Jack Teixeira no momento da prisão, em 13 de abril de 2023
Reprodução/Vídeo
Vazamentos
O governo americano afirma que os registros de computador mostram que Teixeira acessou um documento sobre a movimentação de tropas na guerra da Rússia na Ucrânia um dia antes de o conteúdo ser publicado on-line.
Um amigo contou ao jornal “The Washington Post” que Teixeira não queria minar a segurança nacional dos EUA, mas educar os membros mais jovens do grupo on-line.
“Ele amava os EUA, mas simplesmente não confiava em seu futuro”, disse a pessoa citada pelo jornal.
Outros membros do chat afirmaram que Teixeira compartilhou piadas racistas e antissemitas.
Família militar
Descendente de portugueses, Teixeira vem de uma família com décadas de serviço militar. Seu padrasto passou 34 anos na mesma unidade que o enteado, e sua mãe trabalhou para ONGs que apoiam militares veteranos, segundo o mesmo jornal.
Outros amigos contaram ao “The Washington Post” que Teixeira é patriótico, católico devoto, libertário e tem interesse em armas.
“Era mais um solitário e seu fascínio pela guerra e pelas armas levaram muitas pessoas a se afastarem dele”, contou um ex-colega.
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