Movimento LED – Luz na Educação dá visibilidade a práticas inovadoras

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Em 2023, os 6 ganhadores do prêmio do Movimento LED, uma iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho, vão dividir a premiação no valor de R$ 1,5 milhão. Movimento LED – Luz na Educação dá visibilidade a práticas inovadoras
Uma iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho é o Movimento LED – Luz na Educação, que pretende dar visibilidade a práticas inovadoras. Em 2023, os seis ganhadores vão dividir um prêmio de R$ 1,5 milhão. O Jornal Nacional mostra alguns dos projetos finalistas.
Jogar luz na educação é olhar para além dos muros da escola, para espaços onde se aprende uma vida nova. A pizzaria em Poá, na Região Metropolitana de São Paulo, é um ponto de virada para o Marcelo de Freitas Reis, que passou dois anos preso.
“É difícil, porque seu currículo chega na mão dos caras e eles veem um ex-egresso. Aí os caras não acabam não dando essa oportunidade”, diz.
Está no nome da pizzaria: Oportunitá. É um negócio social que emprega egressos do sistema carcerário.
“A gente erra, aprende com os erros e tenta reconstruir a vida. Não é? Só que tem que fechar um pouco a boca, senão você engorda”, diz Marcelo rindo.
A pizza que sai do forno. É a última etapa de um processo educativo. No Instituto Recomeçar, um grupo de ex-presidiários aprende sobre mercado de trabalho.
“Ele vai entender o planejamento de vida, comportamento para a entrevista, ele vai entender o que é empregabilidade, o que é CLT, o que que é PJ, o que que é ser um prestador de serviço, o que que é ser um autônomo”, conta Leo Precioso, diretor do Instituto Recomeçar.
É em uma multinacional de tecnologia que o Aleksandro Pereira de Jesus está reconstruindo a própria história – já faz seis anos.
“Estou terminando minha faculdade de Ciências Econômicas. Já estudei inglês aqui, espanhol também. É realmente a virada de chave para tudo”, conta.
O Instituto Recomeçar é um dos nove finalistas do prêmio do Movimento LED – Luz na educação, iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho. O movimento premia projetos e boas ideias de professores, estudantes, empreendedores e criadores de conteúdo com o valor total de R$ 1,5 milhão.
A primeira imagem que vem à cabeça de quase todo mundo quando a palavra é criatividade é uma lâmpada. O Movimento LED funciona como muitas lâmpadas acesas; joga o foco nas boas ideias, nas mais inovadoras; revela o impacto de cada uma e ainda mostra o quanto pode servir de modelo e ser copiada em outros lugares.
No Piauí, o Instituto Ubíqua trabalha com a profissionalização de jovens de periferia e de áreas rurais, e na pandemia criou a plataforma Educar Nestante – um método que funciona com ou sem internet.
“Ele baixa todo o conteúdo, o aplicativo é disponível através de ciclos, e assim que eu encerro o ciclo eu já começo outro”, diz a aluna Maria Benícia Oliveira.
Na lógica do sistema de ensino, o aluno se prepara em casa e depois, na aula, debate o conteúdo com o professor.
“Eu diria que a gente está no futuro. Por que no futuro? Porque nós estamos antenados com a transformação do ensino”, afirma o professor Pedro Júlio Oliveira.
“Quando você está em um contexto de acesso, você tem mais oportunidade. E isso também te dá mais possibilidade de sonhar’, diz a coordenadora pedagógica do Educar Nestante, Graciele Barroso.
Em Manaus, mulheres indígenas resgatam o passado para resolver um problema do presente: a pobreza menstrual. O projeto Rebbú promove oficinas de costura de absorventes ecológicos, de pano.
“Eu lembro da minha mãe, da minha avó, de estender no varal da nossa comunidade esses paninhos cortados, lavados e reutilizados. E o projeto nos deu a possibilidade de aprimorar essas técnicas também”, conta Vanda Witoto, liderança indígena.
O projeto tem impacto ambiental e social; garante dignidade para quem não tem dinheiro para o absorvente descartável.
“Não tenho condições de comprar absorvente toda vez. O mais barato que eu consigo comprar é de R$ 5,50”, diz a costureira Gleiciane Ferreira.
“A gente quer que seja um projeto que seja duradouro, que as pessoas da comunidade passem para outras pessoas o conhecimento de como produzir. Mas, também, um conhecimento de como usar, de passar essa opção de escolha”, afirma Emily Gomes, diretora de comunicação do Instituto Rebbú.
A gerente de valor social da Globo explica que o Movimento LED valoriza soluções para problemas dos nossos tempos.
“A gente quer olhar um pouco para o campo da educação de uma maneira mais abrangente e trazer solução para vários campos da educação. Então, a gente olha para a educação básica, claro, e valorizamos muito isso, mas a gente olha para educação não formal, a gente olha para educação empreendedora. Ela deve ser um compromisso da sociedade como um todo. E todo mundo pode participar. Educação necessariamente precisa ser um assunto ali de todo mundo”, afirma Viridiana Bertolini, gerente de valor social Globo.
Quando o horizonte da educação se amplia, pais viram alunos. Em Cabrobó, no sertão de Pernambuco, a diretora da escola percebeu que as crianças não tinham ajuda em casa para estudar porque os pais não sabiam ler e escrever.
“No início, tinha vezes em que eu mostrava a primeira letra do nome e elas não sabiam identificar qual era aquela a letra”, conta Elineide Alves dos Santos.
Com o projeto de alfabetização “Distante sim, desconectado não!”, a dona de casa Alzenir da Rocha ganhou uma nova identidade, assinada por ela.
“Agora eu sei fazer meu nome. Era meu sonho”, comemora.
Na noite desta quarta-feira (26), depois da novela “Travessia”, Regina Casé vai anunciar os seis projetos vencedores no programa especial LED.

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