Advogado é condenado a 4 anos de prisão por transmitir ‘salves’ de facção criminosa no RN


Segundo MPRN, esse é o quarto advogado condenado na Operação Carteiras, deflagrada em 2022. Ele era responsável por repassar mensagens de presos a integrantes fora das penitenciárias. Penitenciária de Alcaçuz, uma das unidades em que a operação Carteiras foi deflagrada
Seap/Divulgação
Mais um advogado acusado de receber e repassar bilhetes de integrantes de uma facção criminosa de dentro para fora dos presídios no Rio Grande do Norte foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado.
A condenação foi de quatro anos de reclusão por envolvimento com organização criminosa. O advogado – que foi investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte de janeiro de 2021 a agosto de 2022 – vai cumprir a pena no regime semiaberto.
De acordo com o MPRN, esse é o quarto advogado condenado na Operação Carteiras, que foi deflagrada no ano passado.
Apenas no mês de março – mês em que ocorreram ataques de uma facção criminosa no estado – dois advogados foram condenados pelo mesmo motivo no estado: transmitir informações entre presos da organização criminosa com integrantes fora das penitenciárias.
Além do advogado mais recente condenado, outros três integrantes da organização, que já estavam presos, também receberam novas condenações do TJRN: de 6 anos e 4 meses, cada. Os dois presos vão continuar cumprindo as penas no regime fechado.
Durante a investigação, o MPR teve várias provas de que o advogado trocava “salves” e “catataus” (bilhetes) com os os outros dois condenados.
Carteiras
A operação Carteiras – deflagrada pelo MPRN – cumpriu seis mandados de prisão preventiva e outros quatro, de busca e apreensão, nas cidades de Natal, Parnamirim, Extremoz, Nísia Floresta. Os mandados foram cumpridos nas residências dos advogados, em um escritório de advocacia e ainda nas penitenciárias estaduais de Alcaçuz e Rogério Coutinho Madruga.
A ação teve o apoio da Polícia Militar e da Polícia Penal. Ao todo, cinco promotores de Justiça, 11 servidores do MPRN, 20 policiais militares e quatro policiais penais participaram do cumprimento dos mandados.
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