Ministro do Trabalho diz ser ‘radicalmente contra’ uso de FGTS para compra de carro novo

Medida é proposta pelo setor automobilístico para alavancar vendas na área. Presidente de associação das empresas do setor alega que medida seria ‘muito importante’. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse nesta quarta-feira (12) ser “radicalmente contra” o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a compra de veículos. A medida é uma proposta do setor automobilístico para alavancar as vendas na área.
“Não sei se tem alguém do governo que tem alguma posição. A minha posição, como ministro do Trabalho, é radicalmente contra”, disse Marinho a jornalistas, após uma audiência pública em comissão na Câmara dos Deputados.
A declaração é uma resposta a uma fala do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, Márcio de Lima Leite. Em entrevista coletiva, ele disse que a liberação de parte do FGTS para compra de carros novos seria uma medida “muito importante” para reaquecer o setor.
“Nós estamos falando aqui de carro popular. Mas se houvesse essa possibilidade de parte do Fundo de Garantia do Trabalhador pudesse ser usado para a renovação da frota, para compra do carro novo, para o primeiro carro. Com o programa que o governo entender que seja o programa adequado. Na nossa avaliação, isso teria um efeito muito importante na explosão das vendas e no reaquecimento do mercado”, disse.
Márcio citou uma experiência que ele disse ter ocorrido no Chile, no ano passado, quando o país liberou parte do Fundo de Previdência para que trabalhadores pudessem comprar carros novos. O presidente da Anfavea alegou que, após a medida, “as vendas estouraram”
“São medidas como essa que a gente tem tentado analisar em conjunto. Precisamos aquecer o mercado, gerar emprego”, disse.

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